A assistente social morta pelo ex-marido policial federal aposentado, nesta quarta-feira (4), tinha medida protetiva em vigor contra o suspeito, segundo o Tribunal de Justiça (TJ) de Rondônia. Rosilene Chaves de Oliveira, de 46 anos, foi achada nua na varanda de uma casa e a polícia viu o suspeito debruçado em cima dela dando socos.
Segundo informações do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a medida protetiva foi concedida à vítima no dia 20 de junho de 2020, durante plantão judicial.
Três dias depois, a Justiça também determinou a suspensão do porte de arma de fogo do escrivão aposentado da Polícia Federal.
Ainda conforme o TJ, a medida protetiva de Rosilene continuava em vigor.
Juntos por 25 anos
Rosilene e o policial federal ficaram juntos por cerca de 25 anos. Há cerca de um ano eles se separaram, no entanto, amigos afirmam que o suspeito sempre ligava para Rosilene e, em algumas vezes, fazia ameaças.
Vizinhos relataram à Polícia Militar (PM) que quando o casal estava junto havia briga com frequência.
Na noite de terça-feira (3), o policial federal teria chamado a vítima para ir até a casa dele, na Avenida Calama.
Aos policia, após ser preso, o suspeito alegou que tentava reatar a relação após um ano de separação e por isso tinha combinado um encontro na casa dele.
Lesões no corpo da vítima
Segundo a perícia, foram encontradas várias lesões no corpo da mulher, principalmente no rosto e na região do pescoço e tórax.
A suspeita é que Rosilene foi vítima de feminicídio. No entanto, o policial aposentado disse que deu socos na mulher depois dela passar mal durante a relação sexual entre eles e que a agressividade foi para fazer massagem cardíaca na ex.
Na casa do suspeito foi apreendida uma pistola, carregadores e 49 munições ponta oca.
Via G1 de RO