Para garantir que a brincadeira dos foliões rondonienses durante o carnaval seja consciente e saudável, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) já reforçou o abastecimento das seis unidades regionais de Rondônia com os insumos necessários para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). As regionais são responsáveis por distribuir o material entre as unidades de saúde municipais.
Segundo a coordenadora de Hepatites Virais da Agevisa, Francilene Alves, o trabalho é uma continuidade da campanha Dezembro Vermelho, de prevenção às IST’s. Foram destinados para este período 200 mil preservativos masculinos, 10 mil unidades de gel lubrificante, 30 mil testes rápidos de HIV, 30 mil de sífilis, 30 mil de hepatite B e 30 mil de hepatite C em todo o estado. “Em todas as unidades básicas de saúde esses testes estão disponíveis para que toda a população tenha acesso e possa ter um diagnóstico precoce e fazer o tratamento adequado”.
Em Porto Velho, a oferta de distribuição foi alargada para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e unidades de emergência. Na segunda quinzena deste mês a campanha com o slogan “Sexo seguro é sexo com camisinha. Deixe a camisinha entrar na festa”, que está sendo articulada para ser lançada juntamente com o Município, deverá ter ainda maior visibilidade, contando com a parceria de todos os entes do governo envolvidos com a questão.
Stella Maris, coordenadora da Sífilis, da Agevisa, explica que os preservativos masculinos e feminino foram “repaginados”, para atrair as pessoas sexualmente ativas ao uso dos métodos de prevenção, não só das doenças como de gravidez não planejada.
“A nova camisinha, com nova embalagem neon, já tem sido bastante procurada, e ela é feita com um látex diferenciado que proporciona maior sensibilidade. A feminina antes tinha um anel que não agradava algumas pessoas. A nova vem com uma esponjinha dentro para dar absorção. São novidades que devem causar curiosidade para que as pessoas se previnam”.
Francilene Alves revela que, na faixa etária de 10 a 80 anos, a série histórica de 2017 a 2019 registra 1.317 novos casos de HIV/Aids notificados em Rondônia. De condiloma acuminado – causado pelo HPV (que pode ainda causar verrugas e até câncer), no mesmo período foram registrados 376 casos. “Mas é importante lembrar que esses casos são subnotificados. A gente sabe que existem mais casos, que as pessoas até fazem o tratamento, mas ainda existe uma falha nas notificações no sistema. Nós trabalhamos com os dados do Sinam”.
A sífilis adquirida, em adultos, de 2015 a 2019, teve 6.275 casos registrados no estado. “O Brasil inteiro está nessa luta por conta do aumentos nos índices. É muito fácil prevenir e também tratar, mas há uma mudança comportamental onde o número de parceiros por ano tem influenciado muito. Há casos em que a pessoa tem cinco ou mais parceiros em um ano e não costuma se prevenir, e é exatamente isso que tem que mudar. A camisinha é o método simples que vai evitar as infeções”.
Fonte
Texto: Vanessa Farias
Fotos: Vanessa Farias
Secom – Governo de Rondônia