Cerca de 70% dos cânceres de intestino estão relacionados aos hábitos alimentares. O alerta é da médica coloproctologista Naw-Ally Risso, que em entrevista ao site #repórtermt, comentou que o câncer pode ser assintomático, ou seja, sem sintomas. “O HPV de canal anal, por exemplo, normalmente não traz sintomas, uma infecção crônica que pode ficar por anos na região e, de repente, a pessoa sente o desconforto”, pontua ela, explicando que o contágio pelo HPV no ânus não está restrito a relação anal.
A médica pondera que a região anal é frágil. “Não é órgão sexual, é usado como, mas não é feito pra isso como a vagina. Não tem nenhum problema se a pessoa quer fazer, tem que ter vontade, estar receptivo para não causar trauma e usar preservativo”. Nos homens, pela proximidade com a próstata, pode ocorrer prazer, nas mulheres, é variado. “Mais relacionado a fantasias, não existe conexão anatômica na mulher”.
Quanto às doenças hemorroidárias, queixa comum no consultório, Naw-Ally esclarece a relação da alimentação com a vasodilatação que pode influenciar no organismo e desmistifica alguns tabus. “Se a pessoa percebe que o álcool, pimenta ou gordura causa um desconforto anal, ela deve evitar”.
Ela destaca a importância da ingestão de fibras para a saúde colorretal. “Ovos são completamente absorvidos pelo organismo e não formam fezes. (…) O ideal é fibra que previne o câncer de intestino”, acrescentou e sugeriu quais alimentos possuem fibras essenciais na dieta. “Uma cenoura que você come, você teria de comer uma bacia de folhas para conseguir a carga de fibra diária necessária”.
Confira a entrevista na íntegra:
Via Reporter MT – por Ana Cristina Vieira