O especialista em fertilidade Tracey Sainsbury deu uma entrevista à imprensa inglesa afirmando que o segredo para acabar com o estresse é fazer sexo ao menos três vezes por semana. O motivo: a atividade sexual libera os chamados hormônios da felicidade: serotonina e oxitocina. O problema é que, em uma rotina cada vez mais atribulada, com alta incidência de ansiedade, estresse e depressão, uma das primeiras coisas que acaba sendo prejudicada é justamente a libido. “Pessoas deprimidas, estressadas e ansiosas enfrentam uma redução do desejo sexual. E muitos antidepressivos também provocam uma queda na libido. A boa notícia é que algumas mudanças na rotina podem ajudar a recuperar tanto a saúde física e mental, quanto trazer de volta o apetite sexual”, explica o nutricionista funcional Diogo Cirico, responsável técnico pela Growth Supplements.
Além dos fatores emocionais, a alimentação, o desequilíbrio hormonal, o sono e a prática de atividade física têm efeito direto sobre o comportamento sexual. Isso acontece porque pessoas saudáveis, que consomem a quantidade e variedade adequada de fontes de nutrientes, têm um organismo mais equilibrado, funcionando adequadamente. “Isso afeta não só a produção hormonal, como também o sistema nervoso central e contribui para a redução do estresse e ansiedade. Então, o primeiro passo é consumir uma dieta saudavel composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados, reduzindo o consumo de ultraprocessados, praticar exercícios regularmente e ter boas noites de sono”, detalha.
Diogo detalha que a redução da ansiedade e estresse é fator chave nessa equação. “Acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico fazem parte do tratamento. Além do estilo de vida saudável, algumas práticas como a meditação e a ioga podem ser adotadas para ajudar no processo, mas é indispensável o acompanhamento médico”, reforça.
Você é o que você come
O consumo de ultraprocessados, tabaco e álcool tem impacto direto na atividade sexual. “Excesso de sal, açúcar, gordura, tabaco e álcool interferem na funcionalidade do sistema circulatório, responsável por levar sangue aos órgãos sexuais. O consumo de uma dieta rica em alimentos considerados não saudáveis contribui negativamente para a libido e pode até prejudicar a ereção masculina”, completa.
Hormônios
Cirico conta que o desequilíbrio hormonal tem diferentes implicações na libido. “Desde a redução do interesse sexual, até a sinalização do sistema nervoso central, afetando os órgãos sensoriais, como o tato, por exemplo”, enumera.
O nutricionista explica que há uma série de alimentos que fornecem os nutrientes necessários que nosso organismo usa para produzir testosterona. “Nutrientes como o zinco, magnésio, carnitina e vitaminas B9, B6, K, D e C ajudam o nosso corpo a produzir testosterona”, enumera.
Esses alimentos, diz o nutricionista funcional, devem estar sempre na dieta. “A saúde do indivíduo é afetada por vários aspectos. Uma abordagem clínica eficaz tem que ser multifatorial. Já está mais que comprovado cientificamente o impacto da alimentação, do sono adequado, da prática de exercícios e da saúde mental no nosso organismo. Não há solução mágica, mas é possível ter uma qualidade de vida melhorar adotando esse conjunto de medidas”, finaliza.
Confira lista de alimentos para aumentar a libido
Zinco: ostras, sementes, feijões
Vitamina B9: lentilha, espinafre, fígado de boi
Vitamina B6: banana, frango, carnes
Vitamina K: couve, espinafre, brócolis
Carnitina: carne vermelha, frango, trigo integral
Magnésio: vegetais verdes, amêndoas, acelga
Vitamina D: exposição ao sol, salmão, ovo
Vitamina C: acerola, pimentão, goiaba
Fonte: Diogo Cirico, nutricionista funcional
Suplementos para aumentar a libido
Mucuna pruriens Linn: é considerado pelo Indian Systems of Medicine adjuvante no tratamento de distúrbios sexuais masculinos desde a antiguidade. Estudos clinicos observaram melhora nos hormônios testosterona, LH, dopamina, adrenalina e noradrenalina e redução dos níveis de FSH e PRL.
Crisina: em testes clinicos, os individuos mais velhos podem observar aumento na enzima aormatase que reduz a produção de testosteroma e com isso individuos mais velhos podem receber indicação de crisina para tratamento da redução na produção de testosterona.
Feno-grego: derivado da planta Trigonella foenum-graecum, tem sido amplamente utilizado na medicina ayurvédica, chinesa e unani. É relatado que o extrato de semente de feno-grego melhora a libido especialmente em pacientes portadores de hipogonadismo. O extrato é composto de numerosas enzimas, aminoácidos (incluindo arginina), vitaminas e lipídios que podem estimular o comportamento sexual.