Enquanto o Hospital Regional de Vilhena presta atendimento a pacientes com suspeita de Covid-19, e a Secretaria de Saúde já prepara leitos para enfrentar a eventual demanda de novos infectados pelo Coronavirus, uma outra doença se alastra pela cidade: a dengue.
Somente neste ano, até agora, foram registrados 239 casos suspeitos da enfermidade, transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Um mapa que vem sendo compartilhado em grupos no WahtsApp mostra que vários bairros da cidade foram atingidos (VEJA ACIMA).
Os casos suspeitos registrados oficialmente chegam a 372, no entanto, podem não representar o número real de infectados, pois a última atualização é do dia 20 de março. Além disso, os registros dizem respeito apenas aos exames da rede pública. Os que foram feitos em laboratórios privados não entram na conta. Os confirmados chegam a 132.
A taxa de mortalidade da dengue (3,8%) é semelhante à do Coronavírus (Covid-19). Além disso, há quatro tipos diferentes de vírus da dengue: isso significa que a mesma pessoa pode ser infectada quatro vezes pela doença, que em todos os casos pode evoluir para dengue hemorrágica.
Uma campanha de conscientização está sendo feita pela prefeitura, por meio das redes sociais, rádios e imprensa local, com avisos que pedem que a população colabore com a Saúde pública aproveitando o período de quarentena para limpar os quintais, acondicionar o lixo em sacolas bem fechadas e evitar o acúmulo de água em seus quintais.
De acordo com o técnico em saúde pública da Prefeitura, Paulo Cremasco, uma operação deflagrada contra o surto conta com o reforço de dois veículos cedidos pela Agevisa (Agência Estadual de Vigilância em Saúde) equipados com aplicadores de inseticidas. “O fumacê indiscriminado em toda a cidade foi abolido, mas quando surgem focos, a Saúde providencia a aplicação de inseticida de forma controlada nesses locais”.
Fonte: Folha do Sul