O secretário estadual de saúde, através das redes sociais, informou que barreiras sanitárias serão implantadas em Rondônia para tentar evitar a entrada da variante Delta do coronavírus. A medida foi anunciada após após a confirmação de seis casos positivos da nova cepa no estado do Amazonas.
Segundo Fernando Máximo, a presença da variante delta no estado vizinho faz acender o alerta em Rondônia, já que o ápice da pandemia no estado, em março deste ano – quando foram registradas 1.196 óbitos pela doença em 29 dias – se deu logo após os altos registros de casos da variante P1 no Amazonas.
“Isso nos faz acender um alerta aqui no estado de Rondônia, porque todos nós lembramos que quando o Amazonas teve uma nova variante, que foi a P1, e que foi avassaladora naquele estado, muito em breve também chegou no estado de Rondônia e infelizmente fez muitas vítimas fatais por aqui”, explicou.
Em Rondônia não há caso confirmado da variante Delta.
Tendo em vista o alerta, segundo o secretário, o governador coronel Marcos Rocha [assim que soube da notícia] entrou em contato com Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) e pediu para que a vacinação contra a Covid-19 fosse intensificada e acelerada em Rondônia.
Além disso, barreiras sanitárias no aeroporto de Porto Velho e em rodovias de fronteira serão implantadas, começando por rodovias de Vilhena (RO) no sábado (21).
“Estamos retomando as barreiras sanitárias, começando já no próximo sábado lá em Vilhena, pra tentar identificar possíveis pessoas positivas com a Covid-19 e talvez tenha até a variante delta, e impedir que essas pessoas adentrem ao estado de Rondônia. Além da barreira sanitária lá na fronteira terrestre, iniciaremos também barreiras sanitárias, primeiro no aeroporto de Porto Velho e várias outras depois no estado a fora, com intuito óbvio de tentar barrar que essa variante chegue no estado de Rondônia”, explicou.
Variante delta
A delta foi identificada primeiramente na Índia. Ela é uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde, tendo em vista sua alta taxa de transmissão. E de acordo com Máximo, já são 41 óbitos em ocorrência da variante no Brasil.
A variante é tão contagiosa quanto a catapora, segundo documentos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), divulgados pelo jornal The Washington Post. Conforme os documentos, a delta provavelmente provoca uma doença mais séria do que as anteriores e os casos entre vacinados podem ser tão transmissíveis quanto entre os não vacinados.
Importância da vacinação
Todas as vacinas disponíveis no Brasil são capazes de neutralizar a variante Delta. Por isso, pensando no alto risco de contaminação, Fernando Máximo explicou que o momento não é para desespero e sim para buscar a imunização contra a Covid-19 e suas variantes.
“Não é motivo de ficar aterrorizado, ficar desesperado, mas nós precisamos nos vacinar. Quem não tomou nenhuma dose ainda, procure um posto de vacinação. Quem já tomou a primeira dose e já está na hora [de tomar a segunda], procure também pra tomar a segunda dose. Porque devemos lembrar que nós só ficaremos imunes contra essa variante delta se tomarmos as duas doses da vacina“, alertou.
Por G1 RO