Saiba tudo sobre a intervenção cirúrgica necessária em casos graves da doença.
Se você foi a uma clínica veterinária com o seu cão e recebeu o diagnóstico de displasia coxofemoral, certamente ficou apreensivo, certo? Infelizmente, nenhuma cirurgia é livre de risco, independentemente da complexidade do quadro. Até mesmo a castração pode apresentar um pequeno perigo pelo uso de anestesia.
A displasia coxofemoral não tem cura. Mas a cirurgia funciona como um dos cuidados paliativos para que o seu amigo de quatro patas possa ter uma melhor qualidade de vida. Para que você entenda tudo sobre essa doença, desde o diagnóstico até a cirurgia, preparamos este artigo. Vamos começar?
O que é displasia coxofemoral?
Trata-se de uma doença degenerativa que tem por característica a má formação da parte que liga a coxa ao fêmur do animal. Como sua origem é genética, ela pode ser passada de geração em geração e, portanto, identificada e acompanhada desde cedo.
O grande problema desse problema no quadril é que o cachorro sofre com dor e dificuldade para se movimentar no dia a dia. Então, ao adotar um cão, sempre procure saber a linhagem dele e se os pais têm algum problema como esse, que pode ser hereditário. Apesar de não ser uma regra, o filhote tem grandes chances de ter nascido com essa doença também.
As raças mais propensas a ter displasia coxofemoral são as médias e grandes, como Pastor Alemão, Rottweiler, Labrador, Golden Retriever e outros de mesmo porte. Alguns cães não desenvolvem a doença no início da vida, mas se o histórico existe na família, é importante monitorar, já que a chance de ela aparecer ao longo da vida é alta.
Como é feito o diagnóstico?
Caso você tenha conhecimento do histórico familiar e os pais tenham essa doença, é necessário fazer o acompanhamento médico. Mas, caso você não saiba da procedência do animal, alguns detalhes podem servir como atenção:
- cachorro mancando;
- mudanças na maneira de andar;
- sentar-se com as patas mais abertas;
- quedas abruptas;
- dificuldade de locomoção ou o cachorro parar de andar.
A displasia coxofemoral é diagnosticada por meio de raio-X e os tratamentos devem começar logo após o diagnóstico.
Possíveis tratamentos para a doença
Apenas um médico veterinário pode estabelecer o tratamento adequado, considerando o caso e a idade do animal. Mas, como dissemos, todos esses são cuidados paliativos. Entre as medidas preventivas e que garantem o bem-estar do seu pet, podemos citar:
- fisioterapia;
- massagem;
- acupuntura;
- fitoterapia;
- suplementação alimentar.
O profissional deve fazer o diagnóstico e estudar a melhor solução para o caso. No caso da suplementação, ela é extremamente recomendada e pode ser aliada a outros tratamentos, além de feita, inclusive, após a cirurgia. É uma forma de fortalecer os ossos e articulações para que o pet não sofra tanto ao correr ou andar.
Os tratamentos alternativos e com massagem, por sua vez, garantem o controle da dor em pontos específicos, facilitando os movimentos. Quando indicados, você deve recorrer a profissionais específicos que prestam esse tipo de atendimento. Já em casos mais graves, a melhor solução é recorrer à cirurgia.
Como é a cirurgia de displasia coxofemoral?
A cirurgia é feita após o médico veterinário detectar caso grave e que nenhuma outra medida que citamos anteriormente seja capaz de impedir que o animal sinta dor ou, ainda, que volte a ter os movimentos completos na hora de andar.
A cirurgia de displasia coxofemoral é a substituição completa da articulação local por uma prótese de titânio ou aço inoxidável, a chamada prótese total de quadril. Portanto, é feita a remoção da cabeça e colo femoral. Em seguida, é preparado o acetábulo pela frisagem e o canal medular femoral para que o implante seja aceito.
Quanto mais cedo a displasia coxofemoral for diagnosticada, melhor será a qualidade de vida do animal. Um bom profissional da área poderá auxiliar em todo o tratamento paliativo e indicar a melhor forma de lidar com a doença.