Hoje em dia, no Brasil, temos milhões de pessoas em situação de dependência química. Essas pessoas podem estar longe de nós, mas também podem estar na nossa família, nosso círculo de amizade ou mesmo no nosso espaço de trabalho. Por isso, podemos nos ver envolvidos em alguma situação de precisar ajudar as pessoas que estão em dependência química. Nesse caso, o que você precisa saber sobre clínica de reabilitação? É o que veremos neste conteúdo.
Segundo uma pesquisa da Fiocruz, quase 5 milhões de brasileiros consomem drogas ilícitas regularmente. O número é relativamente baixo quando comparamos com o consumo de drogas lícitas. Só em relação ao álcool, são 46 milhões de brasileiros consumindo essa substância mensalmente, o que é um número enorme (desses, 2,3 milhões apresentaram critérios de dependência química).
Por isso, é importante entender como o sistema de recuperação funciona. Mas o que você precisa saber sobre clínica de reabilitação? É o que veremos a seguir! Portanto, siga a leitura abaixo!
O que você precisa saber sobre clínica de reabilitação? 5 perguntas!
1. Toda clínica de reabilitação é igual?
Não, cada clínica é única de sua própria maneira. Na verdade, existem alguns tipos de clínicas de reabilitação. Dentro desses tipos, existem diferentes maneiras de trabalhar, com diferentes recursos e condições. Por isso, é importante escolher bem a clínica pois a taxa de reincidência (ou seja, a quantidade de pessoas que voltam a usar substâncias psicoativas) depende dessas condições.
Por exemplo, o Núcleo Viver Sóbrio é um conjunto de clínicas que contam com uma série de estruturas específicas, como piscinas e espaço ao ar livre para atividades específicas com os pacientes. Nem todas as clínicas contam com essa estrutura e, portanto, nem todas podem oferecer o mesmo tratamento.
É por isso, portanto, que algumas clínicas focam apenas no processo de desintoxicação e ultrapassar a abstinência intensa após os primeiros dias sem o consumo de substâncias. Já outras, focam em um processo de recuperação de longo prazo, com diferentes técnicas terapêuticas para isso.
2. Como funciona a reabilitação?
A reabilitação é um processo complexo, dividido em algumas fases. A primeira delas é a desintoxicação, que é um processo que envolve esperar a substância psicoativa consumida sair do sistema do paciente.
Esse processo é muito difícil pois a dependência química causa reações adversas ao corpo quando o organismo fica sem a substância em questão. É por isso que as pessoas precisam de uma clínica, pois não dá para tratar esse processo em casa, sem conhecimento específico.
Em seguida, existe um longo processo de recuperação que pode durar anos, talvez décadas ou, em muitos casos, ser realmente para sempre. Isso porque a dependência química é algo complexo, de origem química, mas também com lastros emocionais. Por exemplo, existem traumas que podem dar origem a ela, mas também podem ser causados por ela.
Por isso, é necessário um processo terapêutico longo, que tentará ressignificar esses traumas para reduzir os impulsos de consumo de substâncias psicoativas.
Para finalizar, existe também um conjunto de condições socioculturais que podem levar ao consumo das drogas no processo de recuperação. Pacientes desempregados, por exemplo, têm mais dificuldade de se manter longe do vício. Por isso, muitas clínicas investem em formação profissionalizante para ajudar nesse contexto.
3. Só é possível internar alguém voluntariamente?
Não. Existe uma lei que permite a internação involuntária. Para isso, é necessário comprovar que a pessoa está em dependência química.
4. A internação involuntária causa recaída?
Não necessariamente. É fato que a internação voluntária tem uma taxa de recuperação melhor, pois a concepção interna de que a dependência é um problema e a vontade de se recuperar são vitais para uma boa recuperação. No entanto, mesmo uma pessoa internada involuntariamente pode evitar a recaída se passar por um bom tratamento.
5. Como funciona a pós-internação?
Depende muito de cada caso e cada tratamento. Normalmente, é recomendado que certas condições sociais, econômicas e mentais sejam atingidas para poder ajudar o paciente a evitar a usar drogas novamente.
Uma dessas condições é a presença de uma terapia (individual ou em grupo), que visa criar uma âncora mental para que a pessoa não consuma a substância psicoativa.
Ter um emprego ou uma ocupação também são importantes para poder criar certas estruturas mentais cotidianas que ajudam a combater o consumo de drogas. O apoio da família também é vital nisso, compreendendo que existem dias bons e ruins nessa jornada.
Agora que você já viu o que precisa saber sobre clínica de recuperação, é hora de colocar esse conteúdo em prática. Tenha em mente que, o ideal, é nunca precisar internar algum familiar em uma clínica dessas, mas apenas porque isso indicaria uma dependência química da pessoa. No geral, as clínicas são muito seguras e eficazes em seu trabalho de desintoxicar o corpo do paciente.
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