Assistência Médica Intensiva completa 12 anos com foco em humanização e cuidados paliativos em Rondônia

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Fotos: Arquivo Sesau/RO

A Assistência Médica Intensiva (AMI), unidade de referência do Hospital Estadual e Pronto-Socorro João Paulo II, completa 12 anos de funcionamento no próximo dia 17 de maio. Criada pelo Governo de Rondônia para ampliar o atendimento a pacientes em estado crítico internados em UTIs por meio da regulação estadual, a AMI se consolidou como referência em cuidado intensivo aliado à humanização e acolhimento às famílias.

Desde sua criação, a unidade tem atuado de forma ininterrupta, prestando atendimento de alta complexidade à Macrorregião I e, conforme a demanda, à Macrorregião II do estado. Atualmente, a AMI conta com 40 leitos de UTI, distribuídos em três unidades. Desses, 26 são equipados com pontos de hemodiálise, permitindo que o procedimento seja realizado à beira-leito, sem necessidade de deslocamento de pacientes com insuficiência renal grave.

A estrutura é composta por uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, com profissionais das áreas de medicina, enfermagem, fisioterapia, farmácia, psicologia, nutrição, serviço social, fonoaudiologia e controle de infecção. A atuação conjunta visa oferecer um atendimento técnico, ético e, principalmente, humano.

Para o governador Marcos Rocha, oferecer um atendimento digno e humanizado é prioridade. “Descentralizamos os leitos de UTI para levar atendimento especializado a esses pacientes, humanizando o sistema e levando mais dignidade”, destacou.

Cuidado além da técnica

Um dos destaques da AMI é o Núcleo de Cuidados Paliativos (NCP), criado em junho de 2023 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). O núcleo tem como foco o atendimento a pacientes com doenças ameaçadoras à vida, promovendo decisões baseadas em princípios bioéticos, como beneficência, não maleficência e respeito à autonomia.

A coordenadora-geral da unidade, Rafaela Garcia Dancini, enfatiza que o trabalho da equipe vai além dos procedimentos médicos. “Muitos pacientes que chegam aqui estão em estado grave. Alguns se recuperam, outros permanecem até o óbito. Em todos os casos, o cuidado continua com as famílias, que recebem acompanhamento psicológico e social, inclusive durante o luto”, explicou.

Essa abordagem sensível também reflete no incentivo à doação de órgãos. As famílias são sensibilizadas e, em muitos casos, autorizam a doação, entendendo o gesto como um ato de amor. “As famílias recebem até mesmo uma carta escrita à mão pela equipe, como forma de homenagem e gratidão”, acrescentou Rafaela.

Captação de órgãos

Em 2024, a AMI teve papel importante na rede estadual de transplantes, com a captação de 50 córneas oriundas de 25 doadores diagnosticados com morte encefálica. Mesmo sem centro cirúrgico próprio, a unidade atua na sensibilização das famílias por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos (CIHDOTT), viabilizando o processo de captação em outras unidades da rede estadual.

Para o secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha, a AMI é exemplo de uma política pública que valoriza a vida em todas as suas etapas. “Trabalhamos com pessoas. O projeto de cuidados da AMI mostra que estamos preocupados não só com a qualidade técnica, mas com o acolhimento e o suporte emocional dos pacientes e seus familiares”, destacou.

Com 12 anos de dedicação à saúde intensiva em Rondônia, a AMI reafirma seu compromisso com um atendimento cada vez mais humano, ético e integrado.

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