O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu o Irã, nesta quarta-feira (8), que dará uma resposta “retumbante”, caso seu país seja atacado. “Quem quer que nos ataque receberá uma resposta retumbante”, disse Netanyahu, após os disparos de mísseis contra bases usadas pelo Exército americano no Iraque, em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani. No domingo, uma autoridade iraniana havia ameaçado transformar cidades israelenses em “pó”, “se os Estados Unidos reagirem à resposta militar” iraniana, após a morte de Soleimani.
Os ataques
Antes da manifestação de Netanyahu mais de uma dúzia de foguetes foram disparados contra duas bases norte-americanas situadas no Iraque. De acordo com o Ministério da Defesa dos Estados Unidos, os alvos foram as bases de Al-Assad e Irbil. A pasta relatou que todas as salvaguardas foram tomadas para evitar perdas de pessoal, com as bases funcionando em alerta máximo.
O ataque ocorreu após grupos armados pró-Irã prometerem unir forças para responder ao ataque de um drone americano, que na última sexta-feira matou o general iraniano Qassem Soleimani e o líder militar iraquiano Abu Mahdi al Muhandis em Bagdá.
“Está tudo bem”
Após os ataques do Irã contra as bases dos Estados Unidos no Iraque, o presidente norte-americano, Donald Trump, quebrou o silêncio e foi ao Twitter para dizer que “está tudo bem”, sem mencionar possíveis mortes. Trump evitou comentar uma resposta americana aos bombardeios dessa terça, mas fará ainda hoje um pronunciamento sobre o assunto.
Do outro lado, o chanceler iraniano, Javad Zarif, comentou a situação e frisou que o país não busca uma escalada do confronto entre as duas nações, ainda que o guia supremo Ali Khamenei tenha dito que ações militares não seriam suficientes para vingar a morte do general Qassem Soleimani. Zarif declarou que o Irã tomou medidas proporcionais de auto-defesa, citando o artigo 51 da Organização das Nações Unidas. Na sua avaliação, o ataque dos EUA na última sexta-feira foi covarde e atingiu também os cidadãos iranianos.
Por AFP