O autônomo Júnior Pintor, cujas denúncias levaram à prisão de algumas pessoas importantes pela Polícia Federal em Vilhena no ano de 2015, prestou um novo depoimento na justiça federal na cidade na semana passada, 17. Foi a quarta vez que ele foi ouvido sobre as acusações que fez.
Tudo começou quando Júnior procurou a PF e contou que um empresário de quem era amigo estava sendo ameaçado de morte por pessoas envolvidas no desvio de recursos na prefeitura de Vilhena. Na época, ele foi ouvido pelo delegado Flori Junior, que comandava as investigações e hoje é prefeito de Vilhena.
Tendo o próprio Flori como sua testemunha, Pintor reafirmou, diante do juiz federal que tomou o depoimento, na presença de um representante do MPF, tudo o que havia relatado à PF. O problema é que o empresário que havia lhe contado sobre a ameaça negou tudo na frente do magistrado.
O caso pode ter desdobramentos, pois falso testemunho é crime, e um dos dois será responsabilizado caso se descubra que as declarações são falsas. Junior garante que está falando a verdade e ainda acrescenta que o empresário teria argumentado, ao negar as ameaças, que prefere “dever para a justiça do que para bandidos”.
FIGURAÇA
Envolvido na política de Vilhena desde 1996, Júnior Pintor já presidiu o diretório do PSDB na cidade. Após algum tempo afastado, ele voltou a se filiar à legenda tucana, pela qual pretende se candidato a vereador no ano que vem. “Estou preparado para assumir esse cargo e fazer o melhor para a população, se me derem essa oportunidade”, garante.