Sob gritos de assassino, o vereador de Cuiabá vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), subiu à tribuna da Câmara de Vereadores e fez sua defesa chorando, durante a sessão de votação do pedido de cassação dele, por quebra de decoro parlamentar, pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa. Assista abaixo
Paccola se dirigiu aos familiares de Japão, dizendo que em nenhum momento se sentiu feliz ou satisfeito com o que fez contra um colega de profissão e que o julgamento parlamentar é para ele mais difícil de enfrentar que o julgamento no tribunal do jjuri.
“Se a decisão que eu tomei não fosse aquela, talvez eu não estaria aqui, porque não é questão que ele queria me matar porque sou uma pessoa má. Mas a situação onde dois se encontram portando arma de fogo, dificilmente a gente consegue um resultado diferendo do que o que aconteceu”, declarou.
Ele ainda destacou aos vereadores que não quer a benevolência deles.
“Não quero que façam a votação para me ajudar ou me prejudicar, mas que façam por suas próprias convicções”, enfatizou.
Réu por homicídio qualificado
Além do processo de cassação na Câmara, Paccola ainda foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado de Japão. O processo corre na Vara Criminal de Cuiabá.
No entendimento do MP, ficou claro que Paccola agiu por motivo torpe de modo que impossibilitou a defesa da vítima.
A primeira sessão de julgamento está prevista para final de outubro. Caso seja condenado, ele poderá pegar pena superior a 20 anos de prisão.