A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou por meio de nota que o tribunal não se deixará intimidar por atos de violência praticados neste domingo (8) e que a Corte atuará para punir os manifestantes bolsonaristas responsáveis pela invasão à sede do STF e dos demais Poderes.
“O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído”, afirmou Rosa.
A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao estado democrático de direito”
Rosa Weber, presidente do STF
Em nota, a ministra afirma que o edifício-sede do STF, que é tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foi “severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas”.
“Lamentavelmente, o mesmo ocorreu no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. As sedes dos três poderes foram vilipendiadas”, disse.
Rosa manteve contato com autoridades de segurança pública durante a tarde, além do Ministério da Justiça e o governo do Distrito Federal. “Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação”.
Presidentes dos tribunais superiores condenam a invasão. Em nota conjunta, os presidentes dos tribunais superiores de Brasília afirmaram como “grave” a destruição do patrimônio público com os ataques às sedes do Supremo, do Congresso e do Planalto.
Assinam a nota:
- Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal;
- Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral;
- Ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do Superior Tribunal de Justiça
- Ministro Lelio Bentes Corrêa, presidente do Tribunal Superior do Trabalho
- Ministro General de Exército Lúcio Mário de Barros Góes, presidente do Superior Tribunal Militar.
“Ao tempo em que expressam solidariedade às autoridades legitimamente constituídas, e que são alvo dessa absurda agressão, reiteram à Nação brasileira o compromisso de que o Poder Judiciário seguirá firme em seu papel de garantir os direitos fundamentais e o Estado Democrático de Direito, assegurando o império da lei e a responsabilização integral dos que contra ele atentem”, afirmam.