A importância da Amazônia brasileira na regulação do clima mundial e sua vinculação à realidade socioeconômica da região, aponta para a cooperação internacional do financiamento climático em ações relacionadas à manutenção da floresta em pé. Na defesa desta assertiva, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, falou nesta segunda-feira (14), sobre ações estaduais de combate ao desmatamento e de manutenção das Reservas Extrativistas de Rio Preto Cautário e Rio Jacundá. O painel foi transmitido ao vivo pelo canal do Consórcio Amazônia Legal, no YouTube e recebeu mais 4 governadores da região amazônica e representantes de instituições de proteção ao meio ambiente.
O governador Marcos Rocha pontuou que Rondônia é um estado forte, com presença de grandes empresas e enfoque no agronegócio, que ajuda a sustentar o mundo. “O alimento de Rondônia, assim como dos demais estados vão para vários lugares do mundo e do Brasil”, disse. Ele afirmou que o Estado tem objetivo específico de preservar o meio ambiente e conclamou as nações que recebem o benefício da natureza intacta, de poderem lembrar, também, dos povos que habitam naquelas terras.
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Os maiores exemplos de cuidados, nos quais Rondônia está alinhada com objetivos mundiais de preservação são as reservas do Rio Preto Cautário e a do Rio Jacundá. Nos projetos, a população local trabalha com a preservação e é remunerada. “Nessas reservas, as pessoas que moram ali estavam esquecidas, hoje trabalham em parceria, com renda que vem de empresas de fora, e ajudam na proteção do meio ambiente”, ressaltou Marcos Rocha.
A tônica do painel foi que as localidades que atualmente preservam, ficam sem uma remuneração adequada. Em analogia, os países que esgotaram todos os seus recursos ambientais e possuem riquezas por isso, condenam outros países, mantendo-os sem desmatamento. Para tanto a sugestão é de que se custeie o desenvolvimento das localidades que preservam as florestas amazônicas.
O protagonismo dos atores envolvidos com os cuidados da Amazônia foi abordado pelo diretor do NICFI (Iniciativa Internacional de Clima e Floresta da Noruega), Andrea Jorgensen. “O trabalho de vocês é muito importante, dando meios de vida e oportunidades econômicas para criar um estado de direito na Amazônia”, acrescentou. O diretor se mostrou esperançoso de que nos próximos anos o Brasil avance na Bioeconomia e redução do desmatamento.
Também estiveram presentes os governadores Gladson Cameli (AC), Mauro Mendes (MT) e Wanderlei Barbosa (TO), além de Andreas Dahi Jorgensen, Diretor do NICFI/Noruega; Heike Henn, Diretor de Clima, Floresta e Meio Ambiente da BMZ-Alemanha; Kate Hugues, Diretora de finanças Climáticas Internacionais do BEIS/Reino Unido; Felice Zaccheo, Chefe da Unidade “México, América Central, Caribe e Operações Regionais2”, Diretor-Geral das Parcerias Internacionais (DG INTPA)/Comissão Europeia; Sílvia Ruks, Coordenadora Residente da ONU Izabela Teixeira, Co-Presidente do Painel Internacional de Recursos do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas; Susan Gardner, Diretora de Ecossistemas do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas. O painel foi mediado por Rosa Lemos, Secretária Executiva do Fundo Brasileira para a Biodiversidade/FUNBIO.
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