Léo Moraes (Podemos) foi eleito neste domingo (27) prefeito de Porto Velho, derrotando a candidata Mariana Carvalho (União Brasil). Ele toma posse em 1º de janeiro de 2025 e terá como vice a advogada Magna dos Anjos, também do Podemos.
O resultado saiu às 16h35 (horário local) com 92,89% das urnas apuradas. Léo tinha 56,30% de votos e a Mariana 43,70%, no momento em que o resultado foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com 100% das urnas apuradas, o resultado foi o seguinte:
- Léo: 56,18%
- Mariana: 43,82%
- Brancos: 3.619
- Nulos: 7.143
- Abstenções: 110.962
“Eu estou muito feliz, eu agradeço primeiramente a Deus, agradeço a todos os amigos, a população que procura um renovo, que procura uma administração com capacidade de gestão que conheça as dores das pessoas. Vamos nos dedicar para entregar uma nova Porto Velho, sair desses índices tão prejudiciais que nos colocam em condição muito ruim, perante inclusive a todo o país, e realmente fazer a população voltar a sorrir e a ter brilho nos olhos”, declarou o candidato durante entrevista à imprensa.
Léo foi eleito sem alianças políticas públicas, vencendo a coligação “Somos Todos Porto Velho”, composta por onze partidos: Republicanos, PP, DC, PRTB, PRD, PL, Agir, União, PSD, Avante e Federação PSDB e Cidadania.
Além dos apoios partidários, Mariana firmou alianças com o atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), se autodeclarando a “continuidade de uma gestão”. Ela também recebeu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Juntos, os dois fizeram uma carreata por Porto Velho no segundo turno, com a participação de apoiadores.
Mariana ficou à frente no primeiro turno
No primeiro turno, Léo obteve 25,65% dos votos válidos (64.125 no total), enquanto Mariana teve 44,53%.
O então candidato avançou para o segundo turno, mas seguiu sem apoio político público dos candidatos derrotados. A chapa de Léo é de partido único, com uma visão política de centro: tanto ele quanto a vice são do Podemos.
Mariana liderou as pesquisas no primeiro turno, mas não compareceu ao debate feito pela Rede Amazônica no dia 4 de outubro. Ainda assim, ela recebeu a maior quantidade dos votos. Em entrevista ao g1, a candidata alegou que decidiu não participar porque estava sendo “atacada” pelos adversários e disse que não se arrependia da decisão.
Durante o debate, Mariana foi criticada pelos adversários, que se dirigiram ao seu espaço vazio com perguntas que não tiveram respostas. Léo foi um deles. No debate do segundo turno promovido pela emissora, a candidata esteve presente e debateu contra Léo.
Já as pesquisas de segundo turno apontavam que a disputa seria acirrada. A últimas pesquisa, realizada na véspera da eleição, apontou um empate técnico considerando a margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos.
Ainda na véspera e madrugada do dia de eleição, uma chuva de mais de 140 mm caiu em Porto Velho e deixou a cidade completamente alagada. Léo gravou um vídeo, na chuva, em meio à rua encoberta por água, criticando a atual gestão em relação ao asfaltamento sem drenagem, segundo ele.
O vídeo rendeu milhares de visualizações nas redes sociais e foi rebatido pelo prefeito, apoiador de Mariana, que foi até o mesmo ponto e disse que a chuva caiu em uma quantidade muito significativa em poucas horas.
Trajetória de Léo
Leonardo Barreto de Moraes, conhecido como Léo, nasceu em Foz do Iguaçu em 11 de janeiro de 1984. Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ele iniciou sua carreira política durante a faculdade, como Secretário Geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Em 2012, Léo foi eleito vereador em Porto Velho pelo PTB por quociente partidário, obtendo mais de 2 mil votos votos e se tornando líder de bancada.
Em 2014, Léo foi eleito deputado estadual também pelo PTB, com mais de 10 mil votos. Dois anos depois ele tentou a cadeira na prefeitura de Porto Velho. Ele chegou a ir para o segundo turno contra o atual prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves, mas não conseguiu a vaga.
Em 2018, Léo foi eleito o candidato a deputado federal de Rondônia, com 69.565 votos. No mesmo ano, a adversária de Léo nas eleições também foi eleita para o mesmo cargo.
Em 2022, Léo concorreu ao governo do estado pelo Podemos, mas não avançou ao segundo turno, obtendo 14,06% dos votos. Após o pleito, ele se tornou diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran-RO), onde ficou até se candidatar como prefeito de Porto Velho.