Num momento em que Vilhena, a maior cidade da região Sul de Rondônia vive um caos na Saúde, com o Hospital Regional interditado e o prefeito, Delegado Flori (Podemos), disputando uma queda de braços com empresários para “encampar” um hospital particular, o FOLHA DO SUL ON LINE descobriu que o município perdeu, no ano passado, mais de R$ 18 milhões que seriam usados na construção de uma nova unidade.
O site teve acesso a um relatório que mostra a perda dos recursos federais liberados pelo Ministério da Saúde para a construção de um novo Hospital Regional e que foram devolvidos. O motivo do desperdício foram falhas no projeto, desarticulação política e falta de fiscalização.
Segundo explicou ao FOLHA DO SUL ON LINE um profissional da engenharia, o dinheiro liberado seria usado nas três primeiras etapas da construção. Ocorre que a verba deveria custear a “área útil” do hospital. Ou seja, o montante precisaria erguer instalações que já permitissem o início do funcionamento do hospital.
O engenheiro ouvido pela reportagem explicou que o empreendimento custaria cerca de R$ 150 milhões. Ocorre que não havia como executar o serviço como estava previsto no projeto. “Faltou prefeito, vereadores e a bancada federal irem ao Ministério da Saúde para readequar o projeto. Aí, poderia-se usar o recurso para as obras iniciais e ir cobrando mais dinheiro à medida que a construção fosse avançando”.
Liberada entre 2019 e 2020, a verba foi devolvida no ano passado e o hospital, que seria erguido em frente o novo Shopping Center de Vilhena, no bairro Cidade Verde 4, não avançou um palmo. O enorme terreno doado por um empresário do setor imobiliário está criando mato, enquanto o hospital antigo, que precisa de uma reforma milionária para funcionar adequadamente, poderá deixar de atender pacientes de todo o Cone Sul de Rondônia e de cidades de Mato Grosso.
Um vídeo mostrando como ficaria o hospital, caso ele saísse do papel, foi obtido pelo FOLHA DO SUL ON LINE. O empreendimento empacou, em grande parte, pela inoperância da gestão do então prefeito Eduardo Japonês (que idealizou o projeto), e pela omissão dos vereadores da atual legislatura (CLIQUE ABAIXO e assista).