O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), concedeu nesta quinta-feira (13) entrevista à rede Antena FM de rádios, onde falou sobre a sua atuação como deputado, eleições e também manifestou a sua posição contrária à ação da Polícia Federal e do Ibama, que queimaram dragas, balsas e equipamentos de garimpeiros no rio Madeira, durante ação nesta semana.
A entrevista ocorreu nos estúdios da rádio Antena Hits em Ariquemes, sendo retransmitida para as demais emissoras da rede, sediadas nos municípios de Ji-Paraná, Urupá, Governador Jorge Teixeira, Cacoal e Alvorada do Oeste.
“Mandato de muita aprendizagem, já tinha presidido a Câmara de Ariquemes, mas é uma dimensão maior presidir a Assembleia Legislativa. Com certeza, tivemos muito acertos e enxergo que algumas falhas pontuais, servem de aprendizado. Estou muito satisfeito. Fiz uma administração de paz com os demais poderes e instituições. Inclusive, quero registrar que um desses avanços foi a solução para o impasse na previdência estadual, com cada poder repassando um valor que assegurou uma folga de caixa no Iperon”, relatou Redano.
Alex Redano disse ainda que “no próximo mandato, vamos dar atenção especial para temas como a regularização fundiária. Também quero ampliar o meu trabalho social, que sempre foi uma das minhas prioridades, mas no atual mandato, atuamos mais voltados ao apoio ao setor produtivo”.
Garimpo
Tema em discussão, após operação da Polícia Federal e do Ibama ter queimado dragas e equipamentos de garimpo no rio Madeira, nessa semana, Alex Redano voltou a criticar a ação dos órgãos federais.
“Precisa o Estado intervir com a regulamentação e regularização da atividade mineral. Queimar eu não concordo. Queimar o patrimônio não vejo como correto. Tem que haver o devido processo legal e se houver condenação, que haja outra destinação. Estou em contato com os garimpeiros e vamos promover uma audiência pública. Precisamos achar uma saída e vamos somar com a bancada federal, em busca de uma solução. Fiquei muito triste com esse acontecimento”, afirmou.
Eleição
Sobre a sua reeleição para o terceiro mandato consecutivo de deputado estadual, ele avaliou que “a palavra que tenho é muito obrigado pela confiança. Quero agradecer a todos e dizer que vamos seguir trabalhando. Estou satisfeito, pois aumentamos em 47% a nossa votação, em relação a 2018. Foram mais de 19 mil votos, fruto do trabalho em muitos municípios. Tive 13 votos em 2018 em Costa Marques e nessa tive mais de 300. Reflexo de um trabalho reconhecido”.
Ele disse ainda que “sigo em campanha, pedindo votos para o presidente Jair Bolsonaro e para o governador Marcos Rocha, que foi um parceiro dos municípios, que atuou com retidão e transparência. Ele fez um mandato municipalista e continuo apoiando a sua reeleição ao Governo”.
Pandemia
Redano também falou sobre o desafio de presidir a Assembleia, em meio à pandemia do coronavírus. “Eu tinha alguns projetos, que não conseguiu realizar enquanto presidente, em razão da pandemia. Minha meta era abrir as portas do Parlamento e realizar muitas audiências públicas e sessões itinerantes. Ficamos limitados nas sessões e no atendimento ao público. Mas, registro ainda que nos momentos mais difíceis, junto com os chefes de poderes, tomamos decisões em conjunto”.
Emendas
Alex Redano informou que assegurou recursos para 49 municípios, em alguns deles com um investimento superior a R$ 2 milhões e até a R$ 3 milhões. “Eu dediquei muito mais recursos para o setor produtivo. Nosso Estado não tem grandes indústrias e é o agro que sustenta a nossa economia. Temos 80% das propriedades da agricultura familiar e por isso destinamos o investimentos para máquinas, implementos, melhorias nas estradas, compra de tubos corrugados”.
Posse
Indagado sobre a posse de Williames Pimentel como deputado estadual, ele disse que deve ocorrer nos próximos dias, após a Assembleia Legislativa ter sido notificada pela justiça eleitoral, que cassou o mandato de Jair Montes.
Mesa Diretora
Em relação à eleição da futura mesa diretora da Assembleia Legislativa, ele opinou que “o importante é que haja o consenso, acima de tudo. Não se administra sozinho, pois é um colegiado. Mas, a maior preocupação nossa é o melhor para o povo de Rondônia. Sempre fui do consenso, do diálogo e defendo que haja sempre essa harmonia”.