A juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, auxiliar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, registrou um boletim de ocorrência na semana passada, afirmando que foi vítima de agressões verbais de teor xenofóbico, dentro de uma pizzaria em Cuiabá.
O autor das ofensas, segundo ela, seria um dirigente brasileiro da petrolífera britânica British Petroleum (BP). Para a Polícia Federal, ela afirmou que um advogado teria se aproximado de sua mesa e proferido acusações, sem provas, de que as eleições deste ano foram fraudadas.
Em seguida, o representante da BP no Brasil também teria se aproximado de sua mesa e dado início às agressões verbais e xenofóbicas, dizendo que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência “é culpa da Bahia”, estado que “não produz nada” e “não possui PIB”. Segundo a denúncia, o homem sabe que ela é baiana, uma vez que as filhas dos dois convivem na mesma escola.
A magistrada afirma que a suposta postura do executivo fere o código de conduta e os princípios éticos da petrolífera em que trabalha — e pede que ele seja responsabilizado.