Ante a possibilidade de as empresas aéreas reduzirem a oferta de voos em Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Porto Velho, a partir de setembro, a deputada federal Sílvia Cristina (PL) encaminhou ofício nesta terça-feira (18), ao diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Tiago Sousa Pereira, solicitando que o órgão possa adotar medidas que evitem essa redução, como forma de proteger a população de Rondônia, que seria duramente atingida.
“Não confirmação oficial por parte das empresas, mas a informação é de que seriam feitas suspensões de voos operados nessas cidades, prejudicando os passageiros, atrapalhando o desenvolvimento regional e comprometendo inclusive investimentos. Tão logo tomamos conhecimento desse fato, oficiamos a direção da Anac, para que tome medidas que possam evitar essa redução nos voos e também solicitei uma audiência, para tratarmos pessoalmente do problema”, afirmou a deputada.
A empresa Azul Linhas Aéreas, iria reduzir a oferta de voo nos aeroportos de Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Porto Velho. Já a empresa Gol Linhas Aéreas teria como meta suspender voo operado em Porto Velho. “Em março deste ano em curso, já havia apresentado essa mesma preocupação à Anac, que respondeu à época que a empresa aérea possui liberdade de revisão da sua malha, considerando avaliações econômicas, dentre outras. Mas, é preciso criar alguma alternativa para contrapor a essa decisão das empresas, como forma de resguardar os interesses da população”, completou.
A deputada lembrou que as passagens aéreas cobradas em Rondônia são das mais caras do país, com uma ocupação de assentos sempre alta, tanto na capital quanto no interior. “A passagem é cara, os voos estão sempre cheios, ou seja, tem demanda, mas mesmo assim se toma uma decisão prejudicial dessas de reduzir o número de voos semanais? Não creio ser justo e nem razoável e queremos debater o tema, para a construção de uma saída para evitar esse impasse”, acrescentou.
No documento encaminhado à Anac, inclusive, a parlamentar pontuou que “nos municípios do interior, o que hoje já se opera com apenas três voos por semana, passariam a ser apenas dois, a partir de setembro, o que se torna inviável para a população, além dos altos preços das passagens, que são superiores a R$ 2.000,00 por trecho”. Com menos voos semanais e uma demanda grande, há ainda a possibilidade de o preço aumentar, em razão de menor oferta de assentos.