A reunião da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social (CSPAS), da Assembleia Legislativa desta terça-feira (11), reuniu várias autoridades da área da saúde pública de Rondônia para discutir temas como, orçamento destinado a cirurgias oftalmológicas, situação estrutural de unidades de saúde no estado e sobre o retorno das obras do Hospital Regional de Guajará-Mirim.
A reunião foi solicitada pelo vice-presidente da Comissão, deputado Dr. Neidson (Podemos), que comandou os diálogos que também contaram com questionamentos da presidente da Comissão de Saúde, deputada Cássia Muleta (Podemos), do deputado, membro suplente da CSPAS, deputado Chiquinho da Emater (Podemos) e participação do deputado Jesuíno Boabaid (PSD).
Compareceram à reunião a diretora-geral da Secretaria de Estado da Saúde, Semayra Gomes, o adjunto da pasta, Maxwendell Gomes Batista, a secretária executiva do órgão, Michelle Dahiane Dutra, o diretor-geral do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Rodrigo Bastos, o diretor-geral do Hospital João Paulo II, Madson Alves, o diretor do Hospital de Retaguarda Regina Pacis, Flori Menezes, o diretor da Policlínica Osvaldo Cruz (POC), Christopher Rosa, o diretor do Hospital Infantil Cosme e Damião, Sérgio Pereira e a coordenadora da Gerência de Regulação (Gerreg), Sâmia Carolina Reis e Silva.
O deputado Dr. Neidson destacou que vários questionamentos já foram feitos aos diretores e secretários da área da Saúde, mas a falta de respostas e medidas de providências justificam o convite para mais uma reunião de prestação de contas aos parlamentares, que segundo o deputado, são constantemente cobrados pela população rondoniense.
“No HB, por exemplo, ainda não vimos muitas respostas, embora, alguns problemas já foram sanados. No Centro de Diagnóstico por Imagem, por exemplo, só funciona o raio-x e a ultrassonografia. Já o tomógrafo e ressonância magnética não estariam funcionando porque estão passando por manutenção para poder voltar o serviço, que aliás, foi inaugurado em junho deste ano. Por sorte ainda podemos contar com o serviço terceirizado que supre esses exames”, informou Dr. Neidson.
As cirurgias cardíacas também foram tema da reunião que, de acordo com o deputado, é uma necessidade que vem sendo cobrada, há tempos, do Governo do Estado.
“Precisamos que essas cirurgias sejam retomadas e que os pacientes não sejam encaminhados para o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), pois demanda de uma espera muito longa, já que estamos falando de tratamentos em outros estados”, comentou o parlamentar.
O secretário-adjunto da Sesau informou que já não existe mais uma espera longa para a realização dessas cirurgias. Segundo ele, processos estão sendo montados e, em razão de muita burocracia, a pasta ainda não conseguiu adquirir os materiais necessários para as cirurgias cardíacas.
Sobre os marcapassos, segundo o deputado, o problema foi “parcialmente resolvido” e pacientes com problemas de bloqueio cardíaco já estariam recebendo os dispositivos para monitoramento contínuo.
Com relação às cirurgias ortopédicas, os parlamentares foram informados que os arcos cirúrgicos já foram instalados em seis salas do Hospital de Base.
Detalhamentos das etapas do projeto de construção do Hospital de Emergência e Urgência de Rondônia (Heuro), localizado em Porto Velho, também foram abordados durante a reunião da Comissão. Segundo Dr. Neidson, de acordo com a ordem de serviço de lançamento da obra, a primeira etapa da construção era para ser entregue, em funcionamento, no último mês de setembro.
De acordo com a secretária da Sesau, Semayra Gomes, a macrodrenagem da obra já foi iniciada e que, em até 30 dias, parte da construção da estrutura física do hospital também seria iniciada.
“Esperamos que isso realmente aconteça, mas o que nos assustou foi a questão da manutenção do hospital. O contrato prevê R$ 2.800.000,00 milhões, mensais, com relação a construção e os serviços de manutenção chegam a R$ 27 milhões mensais, ou seja, que R$ 30 milhões por mês para pagar o hospital, durante 30 anos, com manutenção e em pleno funcionamento. E após esse período, o hospital será transferido para o estado de Rondônia, com todos os equipamentos em atividade”, explicou Dr. Neidson.
E sobre “a grande novela”, como se referiu o parlamentar, o Hospital Regional de Guajará-Mirim foi outro ponto abordado na reunião. Dr. Neidson lembrou que o governador Marcos Rocha (União) se comprometeu, durante debate eleitoral, a retomar a obra no final de setembro passado ou no início deste mês de outubro.
A equipe da Sesau informou que todas as licenças da obra já foram providenciadas e que em 30 dias, a construção será iniciada. A secretária Samayra, foi convidada a, nesse prazo, voltar a se reunir com os membros da Comissão de Saúde para dar a notícia oficial da retomada das obras do Hospital Regional de Guajará-Mirim.
“Estamos há dois mandatos fazendo muitas cobranças para que o HRG saia, de fato do papel, e se torne uma realidade para a nossa região de Guajará-Mirim, mas até hoje, nada foi feito. Esperamos que essa novela não se torne um longa-metragem que, finalmente, seja concluída, embora, acreditamos que não é a obra do HRG que resolverá o problema de saúde de Guajará-Mirim. O que resolve é a gestão do hospital, com servidores qualificados, equipamentos funcionando e destinação de recursos necessários para garantir o bom funcionamento do hospital”, concluiu o parlamentar.