Nascido em Rondônia e morador de Jaru, o servidor estadual Elias Rezende, de 45 anos, concorre pela primeira vez a um cargo eletivo. Servidor de carreira da SEJUS com mais de duas décadas de atuação na área da segurança pública, Elias Rezende passou pelo comando da SEDAM e do DER no governo Marcos Rocha.
Conforme Rezende, em seu tempo a frente da SEDAM, pode desenvolver um trabalho importante para o Estado de Rondônia e para Cone Sul. “Um dos projetos que mais beneficiam o Cone Sul é o zoneamento socioeconômico, ecológico e ambiental do Estado de Rondônia. Nesse projeto conseguimos incluir a expansão da área produtiva, da área agricultável da região do Cone Sul. Mas, o projeto teve as alterações que a Assembleia Legislativa achou pertinente fazer. Entretanto, isso maculou o processo e nós tivemos que recuar um pouco para fazermos novos estudos complementares e agora esse projeto retorna para a Assembleia Legislativa para ser aprovado”, disse.
Outro ponto destacado por Rezende enquanto esteve à frente do órgão ambiental foi a dispensa da licença ambiental para a limpeza de pastagem. “Com a dispensa dessa licença, dinamizamos o processo que durava até seis meses; agora o produtor faz a limpeza, comunica ao órgão ambiental, e depois, numa eventual fiscalização, se ele extrapolou o que é permitido pela lei, vai sofrer as sanções que estão previstas”, ponderou.
Além da limpeza de pastagem, segundo o candidato a deputado federal pelo União Brasil, mais de 60 atividades consideradas de baixo impacto ambiental tiveram concedidas a dispensa de licença ambiental para a sua realização.
Alias Rezende foi diretor geral do DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transporte). “Dentro do DER, por eu já conhecer os quatro cantos do Estado de Rondônia, e já entender da dinâmica das nossas rodovias, conseguimos colocar um ritmo de trabalho muito acelerado. Nós chegamos a trabalhar em mais de 50 frentes de serviços em diversas pontos do Estado”, afirmou.
Mais uma vez, Elias Rezende afirmou que o Cone Sul recebeu atenção do Estado e citou como exemplo a “Rodovia do Boi” que está sendo pavimentada. “Estamos fazendo o asfalto na Rodovia do Boi à a RO- 370, que agora é a nossa “Transrondônia”. Ali nós temos duas empresas trabalhando em cinco lotes. Tá a todo vapor a obra. E o que é mais importante: não é dinheiro de empréstimo ou financiamento, é recurso próprio. São mais de R$ 190 milhões sendo investidos ali”.
Elias disse que é papel do deputado federal defender no Congresso Nacional pautas regionais que beneficiem o Estado de Rondônia. “Infelizmente a gente não está vendo isso”, lamentou, afirmando que uma dessas pautas a ser defendida é a questão ambiental: “nós temos um Estado que tem solo diferente, bioma diferente dos grandes centros, mas que é tratado como o Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, no Código Florestal Brasileiro. Então, nós precisamos de um olhar diferenciado para Rondônia. Um Estado eminentemente agrícola, um Estado que tem mais de 60% da sua vegetação preservada, um Estado que tem potencial gigante para o crescimento agrícola; um Estado que carece de regularização fundiária e regularização ambiental. Isso tudo pode ser feito por meio de alterações em algumas leis federais que têm sido perversas com Rondônia”, ponderou.
Outro ponto abordado pelo candidato foi a infraestrutura rodoviária. Elias Rezende apontou que as rodovias federais em Rondônia vêm há anos sendo deixadas de lado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Sobre a privatização da BR-364, Elias defendeu que o edital que trata da questão não beneficia quem trafega pela principal rodovia do Estado. “O edital que foi publicado não atende os rondonienses. Ele prejudica. Porque vamos começar a pagar o pedágio agora, mas os benefícios, além de serem pequenos, que seriam as terceiras faixas, somente seriam feitos no período de cinco anos e a duplicação no período de 30 anos, e somente no trecho de Presidente Médici a Jaru”, apontou.
Ao tratar de educação, Elias defendeu que a Universidade Federal de Rondônia reserve vagas para pessoas que morem no Estado.
“Eu vejo hoje que temos uma Universidade Federal que não atende os rondonienses. Você hoje vai disputar uma vaga no vestibular da Universidade Federal pra Direito, engenharia, e principalmente pra medicina, e compete com pessoas que vêm dos grandes centros, onde tiveram melhores condições de ter um ensino fundamental e médio de qualidade, e que vêm disputar a vaga com aquele rondoniense filho de lavrador, que tem que trabalhar o dia inteiro e depois estudar a noite. Hoje a Universidade Federal de Rondônia não tem um percentual para os filhos de Rondônia, pra quem mora em Rondônia. Precisamos rever isso, pois essas pessoas que vêm de são Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, terminam sua faculdade e voltam para os seus Estados. E nós continuamos aqui com os nossos municípios com dificuldade de termos médicos. Eu vou brigar por essas pautas regionais. Eu não sou forasteiro, eu sou filho de Rondônia. E eu não quero ir embora daqui, quero continuar morando aqui. Quero que o Estado de Rondônia seja o melhor lugar para se viver”, concluiu.