Collor é o 3º ex-presidente preso desde a redemocratização e o 7º de toda a história; relembre casos

5 minutos de leitura
@Sérgio Lima/Poder360 - 28.set.2019

Com a prisão de Fernando Collor na madrugada desta sexta-feira (24), três ex-presidentes do Brasil já estiveram em cárcere privado desde a redemocratização. O ex-senador foi condenado a oito anos e dez meses de prisão pelo esquema de corrupção na empresa de combustíveis BR Distribuidora, atual Vibra Energia.

Collor foi preso e Maceió, Alagoas, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília, para cumprimento espontâneo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Collor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Michel Temer (MDB) também já foram presos. Antes da redemocratização, outros ex-presidentes foram detidos, mas por motivos políticos. Relembre os casos abaixo:

Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer (MDB) • 31082016 – Jane de AraújoAgência Senado

Presidente da República entre 2016 e 2018, Michel Temer (MDB) foi preso preventivamente em março de 2019.

A prisão no âmbito da Operação Descontaminação, que investigou um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes de licitação e cartel em relação à construção da usina nuclear Angra 3, localizada no Rio de Janeiro.

A ação foi um desdobramento da Lava Jato. Em delação premiada à Polícia Federal (PF), o engenheiro e empresário José Antunes Sobrinho disse que o ex-presidente estaria ciente do pagamento de R$ 1,1 milhão em propina a ele.

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva • Brasília (DF), 26022025 – Marcelo CamargoAgência Brasil

O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi preso em abril de 2018, também alvo de uma operação da Lava Jato.

O petista foi condenado em 2017 pelo então juiz e hoje senador Sergio Moro, que atuava na 13ª Vara Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

De acordo com a decisão da época, Lula teria recebido o imóvel como propina da construtora OAS em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras, o que o petista nega.

Lula se entregou no Sindicato dos Metalúrgicos, localizado no ABC Paulista, São Paulo. Ele passou cerca de um ano preso em Curitiba, sendo liberado em novembro de 2019 após o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de vetar o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância.

Prisões políticas

Antes de Collor, Temer e Lula, outros ex-presidentes foram presos, mas por motivações políticas. Veja abaixo:

Juscelino Kubitschek

Presidente Juscelino Kubitschek vota nas eleições de 1958 • Museu do Voto (TSE) – 3.out.1958

O ex-presidente Juscelino Kubitschek foi preso em 1968, durante o regime militar.

Acusado pelos militares de corrupção e de apoiar o comunismo, Juscelino teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos e saiu do país.

O fundador de Brasília foi preso no mesmo dia em que o Ato Institucional número cinco (AI-5) foi decretado.

Artur Bernardes

Artur Bernardes, presidente do Brasil entre 1922 e 1926. • Reprodução

À frente do Poder Executivo entre 1922 e 1926, Artur Bernardes foi preso em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, que pretendia derrubar o governo do então presidente Getúlio Vargas.

Bernarnes ficou preso por dois meses e foi exilado para Portugal.

Washington Luís

Washington Luis (1926-1930) • Arquivo Nacional

Tendo governando o país entre 1926 e 1930, Washington Luís foi preso em seu último ano de governo, após ser deposto pelo golpe que levou Getúlio Vargas ao poder.

De acordo com o Arquivo Nacional, Washington Luís foi deposto da Presidência faltando 21 dias para o seu mandato terminar.

Ficou preso no Forte de Copacabana de 24 de outubro a 20 de novembro de 1930.

Depois, deixou o Brasil e passou 17 anos exilado no exterior.

Hermes da Fonseca

Hermes Rodrigues da Fonseca (Hermes da Fonseca) • DivulgaçãoPresidência da República

O ex-presidente Hermes da Fonseca foi preso duas vezes: uma em 1922, acusado de conspirar a favor da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, e outra em 1892, por criticar a destituição do governador amazonense.

Ele governou o país entre 1910 e 1914.

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