O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se manifestou sobre o assassinato do militante petista Marcelo Arruda, ocorrido no último final de semana, em Foz do Iguaçu (PR). Segundo as testemunhas, o homicídio foi motivado por ódio político.
O atirador é apoiador do presidente. A vítima comemorava seu aniversário, cujo tema da festa era o Partido dos Trabalhadores. “Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”, escreveu o chefe do Executivo.
“É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”, completou.
O chefe do Executivo disse ainda que sua manifestação replica uma mensagem emitida em 2018 e que o fazia “independente das apurações”.
“Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia”, disse.
O caso
O guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O servidor chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A Polícia Civil informou que o homem que atirou contra Marcelo Arruda é o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho. Nas redes sociais, ele se identifica como apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
O boletim de ocorrência informa que Guaranho chegou no local de carro e que no veículo estavam também uma mulher e um bebê. Segundo o documento, ele desceu do carro, armado, gritando: “Aqui é Bolsonaro!”. De acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem foi convidado.
O documento cita que o policial deixou o local após aparecer pela primeira vez, mas voltou cerca de vinte minutos depois, sozinho e armado. Guaranho atirou duas vezes contra o guarda municipal, que revidou e baleou o policial penal. Ele segue internado em estado grave.