O presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou em Moscou, capital da Rússia, por volta das 10h (horário de Brasília; 16h no horário local) desta terça-feira (15) — uma viagem que contará com um encontro com o líder russo Vladimir Putin em meio a tensões envolvendo o país e a vizinha Ucrânia.
Bolsonaro não tem agenda oficial prevista para esta terça.
Os compromissos oficiais do presidente iniciam-se na quarta-feira (16) com uma deposição de flores no monumento do Soldado Desconhecido. Em seguida, Bolsonaro se deslocará ao Kremlin, sede do governo russo, para um encontro e um almoço com Putin.
Na quarta-feira, também haverá um encontro de empresários, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-Rússia, liderado na parte brasileira por Marcos Molina, e do lado russo, Andrey Yuriev. Nele, é previsto que seja discutido o fornecimento de fertilizantes ao Brasil.
Conflitos
A ida de Bolsonaro a Rússia chegou a ser questionada por ministros do governo por ocorrer em um momento sensível para a geopolítica da região: a Rússia é acusada por países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se organizar para atacar a Ucrânia; o país nega as intenções, mas exige dos Estados Unidos e aliados que limitem as atuações militares em conjunto com os ucranianos.
À CNN, Bolsonaro afirmou que a pauta do encontro que terá com Vladimir Putin vai ser diversificada e que o Brasil não tem problemas de conflitos.
“A nossa ida à Rússia também é por respeito, uma vez que fui convidado por Vladimir Putin ainda no ano passado. Nossa política externa sempre foi pela paz e respeito à soberania de outros países. O Brasil não tem problemas na América do Sul e sempre optou pelas vias pacíficas na solução de conflitos externos. Vou à Rússia por convite, comércio e paz”, afirmou.
Por Mathias Brotero e Giovanna Galvanida CNN em Moscou, Rússia, e São Paulo