O presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas, na tarde desta quarta-feira (1º/4), por ter postado um vídeo de fake news nesta manhã. Em entrevista ao apresentado José Luiz Datena, Bolsonaro disse que “não houve a devida checagem do evento”.
“Quero me desculpar publicamente, foi retirado o vídeo rapidamente. Queria aproveitar a oportunidade de me desculpar sobre isso daí. Agora, tivemos contato com o Ceasa, o Ceagesp, em São Paulo, e tem caído realmente o fluxo de entrada de alimentos”, apontou.
Após o discurso em rede nacional, na noite de terça-feira (31/3), em que adotou um tom mais ameno, Bolsonaro voltou a atacar as medidas de isolamento e restrição contra o coronavírus adotadas pelos governadores. Na tentativa de reforçar sua posição, o presidente compartilhou mais cedo nas redes sociais um vídeo com falsas informações em que um homem aparece na Ceasa, a Central de Abastecimento de Minas Gerais, em Contagem, afirmando que há desabastecimento no local.
“Para você que falou, depois do discurso do presidente, que economia não tinha importância, que importante eram vidas, dá uma olhada nisso aí. Pois, fome, desespero, caos também matam. A culpa disso aqui é dos governadores porque o presidente da República está brigando incessantemente para que haja uma paralisação responsável. Não paralisar todos os setores, quem não é do grupo de risco voltar a trabalhar, ok?”. De acordo com o rapaz que realizou o vídeo, governadores estão “querendo ganhar nome e projeção política às custa do sofrimento da população”.
Na legenda, Bolsonaro escreveu que “depois da destruição não interessa apontar culpados”: “Não é um desentendimento entre o presidente e ALGUNS governadores e ALGUNS prefeitos. São fatos e realidades que devem ser mostradas. Depois da destruição não interessa mostrar culpados.”
No entanto, a assessoria de comunicação da Ceasa garantiu que não há falta de produtos e segue com abastecimento normal. Medidas também foram adotadas para evitar o coronavírus com medidas de higienização. Desde o dia 23, menores de 14 anos e maiores de 60 também não podem entrar no local. Após cerca de trÊs horas, Bolsonaro apagou o post das redes sociais.
Via Correio Braziliense – por Ingrid Soares