Ação popular contra a República da China pede indenização de mais de 16 mil milhões de euros por danos causados pela covid-19 a Portugal

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Xi Jinping, China's president, attends a joint news conference with Malaysian Prime Minister Najib Razak, unseen, at the Prime Minister's Office in Putrajaya, Malaysia, on Friday, Oct. 4, 2013. Xi signed agreements today to boost economic cooperation and defense ties with Malaysia as U.S. President Barack Obama scrapped his tour of the region. Photographer: Goh Seng Chong/Bloomberg *** Local Caption *** Xi Jinping

A pandemia da covid-19 está a implicar em  muitas vítimas mortais em Portugal, assim como em crise económica devido ao encerramento de muitas empresas e estabelecimentos comerciais e de serviços. Agora, uma ação popular busca responsabilizar a República da China por meio do  estado Português pelos danos causados pelo novo coronavírus e estipula indemnização a ser paga pelo governo chinês de quase 17 mil milhões de euros.

A ação Popular Administrativa foi movida por Lucas Alexandre Laires Matos, cidadão português e habitante do concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu. O advogado responsável por ingressar com a ação, o Dr. Anselmo Ferreira Melo Costa, referiu quais os factores que motivaram a elaboração da petição: “verificamos de facto uma calamidade pública. Hoje está a sofrer a sociedade portuguesa, o povo português, as suas empresas e famílias danos patrimoniais e não patrimoniais de grande relevância, causados pela atuação negligente do governo da República Popular da China. Assim sendo, a República Popular da China é Responsável por estes danos causados ao País, ainda que por negligência, devendo arcar com a justa indemnização, no importe correspondente a 16.984 mil milhões de euros, equivalente ao défice do PIB do país projetado pelo Fundo Monetário Internacional.”

O advogado e consultor jurídico também referiu que faz-se necessária uma compensação financeira já que o novo coronavírus está a derrubar a economia nacional e o rendimento das famílias e empresas: “São dois meses e ou até dezembro deste ano em que as empresas continuarão a confrontar-se com o conjunto de compromissos financeiros habituais, perante bancos, fornecedores, trabalhadores, fisco e segurança social, mas em que as receitas serão fortemente reduzidas e em alguns setores inexistentes. Empresas viáveis, com boas contas e perspetivas de crescimento podem ver o seu percurso posto em causa por razões externas e fora do seu controlo.” 

Responsabilidade do Governo Chinês 

Presidente da China

A explicar os pormenores da ação administrativa, o Dr. Anselmo ressaltou  a responsabilidade do governo chinês: “recorde-se que, buscou-se, dentre várias evidências, demonstrar a responsabilidade do Governo Chinês em relação ao surto do novo Coronavírus. Por exemplo, podemos citar o facto de as Autoridades Chinesas terem tomado ciência da existência dessa nova doença antes dela propagar-se e ainda assim nada fizeram para alertar a população mundial, bem como conter o vírus em seu próprio país a fim de que o mesmo não se propagasse, bem como fechamento de fronteiras.” 

Dr. Anselmo

Médicos silenciados e tentativa de ocultação

O advogado também referiu sobre a tentativa da China de ocultar a real situação do surto do novo coronavírus: “E também uma questão que merece bastante atenção o facto dos médicos que tentaram avisar a população terem sido todos silenciados e desaparecerem, merecendo destaque o Dr. Li Wenliang, médico de um hospital em Wuhan, que chegou a realizar alertas quanto à existência e a gravidade da doença. Todavia, após tais alertas, o médico foi detido pela polícia chinesa, acusado de propagar boatos. Dias após, o Dr. Li Wenliang foi vítima fatal do coronavírus. Enfim, tudo nos leva a crer que houve negligência ou tudo foi premeditado.” 

Por Hebert Neri – MF Press Global 

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