Nesta terça-feira, 1º, completaram seis meses que Marcelo Guimarães Cortez Leite, um dos principais homens de confiança do Senador Marcos Rogério (DEM) está foragido, a informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Federal em Rondônia. Ele é acusado pela Polícia Federal (PF) de integrar uma quadrilha de traficantes de cocaína responsável por enviar ao Ceará mais de uma tonelada de pó nos últimos anos.
O grupo era tão forte, que de acordo com as investigações do Federais, em apenas 15 dias movimentou mais de R$ 1.5 milhão com o envio do entorpecente ao Nordeste. Marcelo era um dos principais representantes do Senador Marcos Rogério em Rondônia e chegou a comandar o escritório parlamentar de apoio do Senador na capital, Porto Velho. A PF não deu muitos detalhes acerca da participação do assessor de Marcos Rogério nas operações criminosas tendo em vista o fato de ele ainda estar foragido.
Quando a PF tornou pública a Operação Alcance, mais de 100 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diversos municípios brasileiros. Somente em Rondônia, os policiais atuaram em Porto Velho, Guajará-Mirim e Cacoal. A quadrilha, de acordo com as investigações, ainda possuía ramificações em Fortaleza (CE), Boa Vista (RR) e Santa Luzia (MG). No curso das investigações, os federais interceptaram sete remessas de cocaína que pertenciam à quadrilha composta pelo assessor do Senador Marcos Rogério. De acordo com a polícia, as sete remessas juntas pesavam mais de uma tonelada. A droga seria enviada ao Ceará.
Marcelo Guimarães Cortez Leite é casado com a promotora de justiça, Marlucia Chianca, e tinha bom trânsito nos bastidores da política rondoniense devido sua ligação com o Senador da República, que também é pré-candidato ao Governo do Estado de Rondônia. A quadrilha “quebrada” pela PF possuía dois núcleos muito bem divididos: um era responsável pelo envio da droga e o outro pela ocultação do patrimônio oriundo dos lucros obtidos através do tráfico de cocaína. A droga era enviada ao Ceará escondida em carretas. O dinheiro era distribuído em contas pessoais e de empresas. De acordo com as investigações, quem “emprestava” as contas à quadrilha recebia 3% do valor depositado.
Os federais relataram, ainda, que em apenas uma única conta de uma empresa foram movimentados somente em 2020 pelos menos R$ 85 milhões oriundos do tráfico. A empresa não possuía sede física. Os membros da quadrilha ostentavam veículos e imóveis de luxo, possuíam propriedades rurais e possuíam empresas de fachada para dificultar a interceptação do patrimônio.
Da redação – Planeta Folha