O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) expediu mandado de prisão preventiva em nome de Júnio das Neves da Silva (foto em destaque). Ele é apontado pelos investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como o autor dos disparos que mataram o professor Adailton Jorge da Silva Campos, 33 anos. Policiais da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) procuram pelo autor.
De acordo com o delegado Paulo Fortini, da 33ª DP, o criminoso tem 31 anos e teria dado de três a quatro tiros no educador.
“Ele ostenta diversas passagens pela polícia, sobretudo por Maria da Penha. O autor achava que a vítima havia pego o celular de um amigo, mas nada disso aconteceu. A vítima não pegou celular algum”, ressaltou o policial.
O crime foi cometido na frente da casa do professor, em Santa Maria, na última quinta-feira (17/9). Conforme apurado pelo Metrópoles, o professor conhecia o suspeito do homicídio.
Eles, inclusive, teriam passado a noite bebendo juntos, na companhia dos outros três homens identificados pela PCDF. No entanto, pela manhã, quando retornavam para casa, começaram a discutir por conta do celular.
Quando o professor ameaçou chamar a polícia, o acusado teria ficado irritado e cometido o crime.
Adailton era professor e tinha trabalhado em escolas de Goiás e no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Brasília, segundo o currículo publicado nas redes sociais da vítima. Atualmente, ele estava desempregado.
O crime
O caso aconteceu por volta das 9h30, no conjunto A da quadra 518 de Santa Maria. As primeiras informações davam conta de que se tratava de um latrocínio (roubo seguido de morte), mas a ocorrência na PCDF foi registrada como homicídio.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), socorristas do Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu) foram chamados, fizeram o atendimento, mas poucos minutos depois declararam o óbito da vítima.
Em sala de aula, Adailton planejava conteúdos de matérias diversas. Em seu currículo, publicado na plataforma LinkedIn, consta que também lidava diretamente com pais de alunos e com a equipe gestora da unidade educacional.
Nas redes sociais, o Colégio Estadual Duque de Caxias, em Águas Lindas (GO), fez uma publicação em homenagem ao professor.
“Será sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades e conflitos humanos, junto aos nossos estudantes, jovens e adolescentes”, diz a postagem.
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do DF afirmou que Adailton “nunca fez parte do quadro de servidores” da pasta. De acordo com a Coordenação Regional de Ensino de Santa Maria, o professor atuou apenas como “educador social voluntário nos meses de março e abril de 2016”.
O corpo de Adailton Jorge da Silva Campos foi enterrado na manhã da última sexta-feira (19/9), no Cemitério Parque Memorial, no Novo Gama (GO).
Via Metrópoles – por Carlos Carone