Poucas horas após o crime bárbaro que tirou a vida da chacareira Edna Domingos da Silva, de 49 anos, e deixou o marido dela, Cicero Lopes, de 69, gravemente ferido em uma propriedade localizada na linha 135, em Vilhena, o Núcleo de Inteligência (NI) da Polícia Militar prendeu dois dos três envolvidos no crime (LEMBRE AQUI).
Após conversarem com Cícero, que mesmo debilitado devido ter perdido muito sangue, contou como tudo aconteceu, a Polícia Militar saiu em busca dos suspeitos. Segundo o idoso, um deles era amigo da família.
Para os militares, Cícero relatou que, na tarde de ontem, seu afilhado de consideração W., de idade não divulgada, foi até sua casa com um amigo para tomar café e logo foram embora, retornando mais tarde na companhia de um terceiro elemento e anunciado o assalto, amarrando o ancião e a esposa.
Após horas de tortura física e psicológica ao ponto de ter o corpo encharcado por gasolina sob ameaça de ser queimado vivo, Cicero afirmou que viu os ladrões levarem Edna para um dos quartos e a executarem a golpes de faca.
A vítima relatou ainda que em todo o tempo os homens pediam por dinheiro, pois sabiam que Edna havia recebido uma determinada quantia.
Depois de assassinarem a mulher a sangue frio, os suspeitos também esfaquearam Cicero por três vezes na região do tórax e pisaram em seu pescoço até que ele fingiu ter perdido a consciência para não ser executado.
Já durante as buscas pelos suspeitos, o NI encontrou o local onde supostamente os assassinos estavam se escondendo, na avenida 1714, no bairro Cristo Rei e realizam uma campana no local, avistando o momento em que o jovem apontado como afilhado das vítimas chegou na motocicleta levada do local do crime e procederam a abordagem.
Ao perceber a guarnição, o suspeito empreendeu fuga, mesmo os militares atirando contra o pneu traseiro do veículo.
Após colidir com a lateral da viatura e depois contra um poste, o suspeito sofreu uma queda e pode, enfim, ser contido.
Além da motocicleta das vítimas que conduzia, o jovem estava com o celular de Edna e com o documento de uma motoneta Honda Biz, que possui registro de furto.
Para os militares o W. contou com riqueza de detalhes como ele e seus dois comparsas executaram o crime, afirmando que se aproveitou da consideração que o casal tinha por ele para não levantar suspeita.
Segundo o jovem, ele e seu comparsa conhecido como “Porto Velho”, que foi localizado em um esconderijo informado por ele, foram até a casa das vítimas no final da tarde na intenção de cometer o delito, mas acabaram indo embora devido o irmão de Edna estar no local.
Porém, já durante a noite, retornaram na companhia de um terceiro elemento e cometeram a atrocidade simplesmente para roubar o dinheiro que a mulher havia sacado, não informando a quantia.
Por fim, o jovem afirmou que usou a motoneta furtada para chegar ao local e, quando saiu de lá com o veículo das vítimas para trazer o comparsa que não foi identificado e nem preso até a cidade, “Porto Velho” esfaqueou Cícero e pisou em sua garganta.
“Porto Velho”, por sua sua vez, afirmou ter aceitado participar do crime devido possuir uma dívida de drogas com W. e que, após o delito, esta seria quitada.
Diante dos fatos, os suspeitos receberam voz de prisão e foram apresentados na Delegacia da Polícia Civil, onde foram flagranteados pelo delegado de plantão.
Após saber dos relatos dos infratores, o irmão de Edna afirmou que realmente viu W. chegar na casa pela em companhia de outras pessoas, mas não desconfiou, devido ser comum a ida do jovem ao local.
Já a irmã de Edna afirmou que a mulher estava assustada, pois W. vinha lhe ameaçando a algum tempo por acreditar que ela o havia denunciado pelo furto de um barco que ocorreu na propriedade alguns anos atrás.
Fonte: Folha do Sul