Após o cumprimento de uma mandado de busca e apreensão na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Vilhena, ocorrido na manhã desta terça-feira, 24, o delegado regional Fabio Campos recebeu a imprensa na Delegacia da Polícia Civil e esclareceu o teor da ação que acabou com a prisão preventiva de uma servidora do órgão, que apesar de ser a única que ocupava cargo comissionado, através de indicação política, era chefe do setor “delicado”, que é o de Infrações e Penalidades.
As investigações que duraram cerca de três meses e correram sob segredo de justiça, levantou a prática de corrupção passiva por parte da portariada, que foi denunciada por cobrar taxas de pequenos valores para a agilização das liberações de veículos ou documentos.
O delegado deixou claro que as investigações não são pertinentes ao sistema do Ciretran, uma vez que não havia irregularidades nas liberações, apenas a cobrança de propina por parte da acusada para a agilização dos processos. O delegado tambpem revelou que que a chefia e a corregedoria do órgão já vinham abrindo processos administrativos contra a denunciada, a fim de exonerá-la, mas não obteve êxito.
Porém, após denuncias de usuários dos serviços do órgão, foi possível realizar a acusação formalmente na Polícia Civil, para que a prática fosse estancada de uma vez por todas.
Por fim, Fábio exaltou a participação da população, que não se calou diante das cobranças de propina e denunciaram a portariada na chefia do órgão, que participou ativamente das investigações através do fornecimento de informações e documentos a fim de por fim ao esquema fraudulento.
QUEM É A ACUSADA?
A servidora comissionada da Ciretran de Vilhena, presa pela Polícia Civil na hoje tem 34 anos e trabalhava na autarquia desde o ano passado. Ela foi indicada politicamente para o cargo, ao contrário dos outros servidores concursados.
De acordo com informações levantadas pelo site (vide fonte abaixo), a portariada estava sendo investigada após donos de um veículos apreendido e com pendência documentais denunciá-la na polícia. Os denunciantes disseram que a chefe do Setor de Infrações e Penalidades exigiu dinheiro deles para liberar o veículo.
Além de dificultar algumas liberações, a acusada facilitava outras, e chegou a autorizar que veículos irregulares circulassem pela cidade. As propinas exigidas por ela, no entanto, eram de baixos valores, em média R$ 350,00.
No caso das multas aplicadas, quando o condutor entrava com o processo administrativo, a papelada caía na mão dela. Ainda não há informações sobre como ela agia nestes casos.
A Polícia pede a outras pessoas quem tenham sido extorquidas pela acusada, que também ocupou cargo comissionado na prefeitura de Vilhena em 2017, para se apresentarem e confirmarem detalhes do crime, colaborando com a investigação.
Via Folha do Sul Online