O sargento da PM Gilmar de Sousa Castro, 52 anos, foi pronunciado pelo juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho, pelo assassinato da companheira, Lindalva Galdino de Araújo, 53 anos, e em seguida jogado o corpo da vítima no Rio Madeira. Ele irá a júri popular pelo crime de feminicídio, com agravante de ocultação de cadáver, motivo torpe, violência doméstica e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Ainda na fase de investigação policial, após o réu confessar o crime e levar a polícia até local onde jogou o corpo, os bombeiros localizaram os restos mortais da vítima.
Segundo a sentença de pronúncia, a vítima era constantemente agredida verbal e fisicamente pelo réu. Em depoimento, uma das filhas do casal disse que o pai maltratava muito a mãe e a via sempre com hematomas pelo corpo. “Mas ela o amava e não conseguia se separar dele, acreditando que ele (Gilmar) mudaria”, declarou.
Consta na pronúncia que o réu, para não ser descoberto, teria dito às suas filhas e demais pessoas que a vítima “teria saído na noite anterior (dia do crime) para comprar cerveja e não havia retornado”. Porém, diante dos vestígios de sangue na residência onde o crime ocorreu, as filhas acionaram a polícia, que desvendou o caso.
O crime aconteceu no dia 3 de julho de 2022, no período noturno, na Rua São José, Bairro Mariana, em Porto Velho – capital do Estado de Rondônia. A sentença de pronúncia foi publicada no Diário da Justiça do dia 21 de março de 2023.
Ação Penal n. 7047384-76.2022.8.22.0001