Por telefone, o site entrevistou o radialista vilhenense Fernando Fava, que em maio de 2019 foi preso pela PRF com um carro abarrotado de drogas numa rodovia federal de Mato Grosso do Sul.
Na época da prisão, o comunicador alegou que estava transportando os 640 kg de maconha para custear uma cirurgia no Paraguai. Com câncer na bexiga, ele foi condenado, no ano passado, a sete anos de prisão e a 700 dias-multa. Cada dia-multa equivale a um terço do salário mínimo.
Na conversa com o site, Fava disse que lutou durante 08 meses para ter direito a uma perícia médica que constatasse seu problema de saúde. Um perito nomeado pela justiça sul-matogrossense constatou que o vilhenense não poderia permanecer preso.
Com base no laudo do oncologista, que certificou sobre a gravidade da doença, Fava foi colocado em prisão domiciliar e terá 90 dias para receber atendimento. Ele saiu da prisão na quarta-feira, 21, tentará iniciar seu tratamento o mais rápido possível.
A idéia de Fava é obter autorização da justiça de Mato Grosso do Sul para cumprir sua pena em Vilhena. Assim, ele pode ser atendido no hospital Barretinho, em Porto Velho, especializado em câncer.
INFERNO EM CAMPO GRANDE
Ao falar dos mais de dois anos que passou num presídio em Campo Grande, o bem humorado radialista disparou: “do câncer eu nunca tive medo; meu medo era não sair vivo daquela cadeia”;
Fava relata que as mortes no complexo penal são diárias, graças a uma violenta guerra entre detentos de facções criminosas rivais. Segundo ele, as mortes de presos, espancados por policiais penais, também são comuns.
“Não tem coisa mais preciosa que a liberdade”, disse, poucas horas após sair da prisão e prometendo “tomar juízo”.
Fonte: Folha do Sul