A professora Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, e a agente educacional Mirla Renner, de 20 anos, são duas das cinco vítimas mortas no ataque à escola infantil Pró-Infância Aquarela, em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, nesta terça-feira (4).
Três crianças com menos de dois anos também morreram atingidas por golpes a faca.
A identidades foram confirmada por familiares de Keli e pela secretária de educação do município, Gisela Hermann. A prima da educadora, Silvane Elfel, contou que ela trabalhava na unidade havia cerca de 10 anos.
“Ela era uma pessoa alegre, sempre disposta, simpática, carismática sempre, ajudando o próximo quando ela podia. Então, assim, é uma tristeza que eu não sei explicar, eu não tenho explicação para isso”, disse a prima da professora.
Já Mirla Renner trabalhava como agente educacional na creche. Ela completou 20 anos em janeiro deste ano.
De acordo com o assessor jurídico de Saudades, Luiz Fernando Kreutz, Mirla chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
Mirla era aluna da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A instituição decretou luto de três dias por causa da morte dela. Ela estava na quarta fase de engenharia química e estudava no campus de Pinhalzinho, cidade vizinha a Saudades.
Atentado em creche
O ataque aconteceu na manhã desta terça (4) em uma creche que atende crianças de 6 meses a 2 anos de idade, em Saudade (SC).
O autor do atentado, de 18 anos, desferiu golpes também contra si próprio e foi encaminhado em estado gravíssimo a um hospital em Pinhalzinho.
Ele foi intubado e transferido para Chapecó, na mesma região, no começo da tarde.
A secretária municipal de Educação, Gisela Hermann, disse que ficou impressionada ao entrar na escola.
“Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha um cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar.”
O município de Saudades tem 9,8 mil habitantes e fica a cerca de 70 quilômetros de Chapecó, a maior cidade do Oeste catarinense, e a 600 quilômetros de Florianópolis.
Por Caroline Borges, G1 SC