Conversas de Whatsapp entre o agiota J.G.B.S. e uma das vítimas, divulgadas essa semana, mostram a agressividade das ameaças que as vítimas sofriam durante cobranças da associação criminosa envolvida em extorsão e agiotagem, em Cuiabá. O criminoso demonstra não se intimidar com a possibilidade de a vítima procurar a polícia.
A quadrilha envolvida em extorsão e agiotagem já foi identificada pela Polícia Civil. J.G.B.S., que tinha um mandado de prisão preventiva decretado pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá por extorsão e ameaça, foi preso no dia 07 de agosto, após ser localizado na Rodovia Helder Cândia. O outro é Ailton Alex Nunes, que morreu em um acidente de trânsito no dia 16 de julho, quando conduzia uma motocicleta BMW S1000, na estrada de Chapada dos Guimarães. Ele ficou conhecido por se passar por policial civil nas redes sociais.
Prints de conversas de Whatsapp entre J.G.B.S. e uma das vítimas, divulgadas pelo jornal A Gazeta, mostram ameaças e a agressividade do criminoso ao realizar cobranças referentes ao pagamento de R$ 28 mil. O criminoso ligava insistentemente para a vítima e xingava constantemente. “Então vai na puta que pariu na delegacia e o caralho. Acerta a porra do dinheiro”, diz uma das mensagens.
Em outro trecho o homem continua com as ameaças. “Cadê a porra do dinheiro sua pilantra filha da puta? Tu não vai roubar dinheiro dos outros aqui não”, escreve ele e completa. “Tu quer guerra, tu vai ter guerra. Dinheiro é sangue, nós ‘vai’ na puta que pariu buscar.”
A todo momento o criminoso relembra a vítima de notas promissórias assinadas por ela, atestando que pagaria a dívida de cerca de R$ 28 mil. Segundo as mensagens, a mulher havia pago quatro parcelas, que totalizariam R$ 4.800. “Eu tenho uma nota promissória sua assinada com os valores da parcela, você larga de ser safada.”
As mensagens, que foram registradas em maio desse ano, foram anexadas ao inquérito que investiga o crime de extorsão.
O vídeo
Imagens que começaram a circular nas redes sociais nesta semana mostram homens vestidos de preto, como se estivessem uniformizados, agredindo um homem. Em alguns momentos é usado um chicote.
O homem, em resposta, diz que vai fazer o pagamento da dívida.
Texto: THAÍS BEMFICA*