O jovem Juliano de Oliveira Pedroso, de 23 anos, foi assassinado na madrugada deste sábado (2), por volta de 0h05 com um tiro de espingarda. O autor do disparo teria praticado o crime por ciúmes da esposa. O fato ocorreu no lote 177, gleba 28 da linha 202, zona rural de Vale do Paraíso.
O pai da vítima relatou que estava deitado quando, por volta de 0h05, escutou o barulho de uma motocicleta chegando na porteira e imaginou que fosse seu filho, Juliano. Em seguida, ouviu uma segunda motocicleta chegando e, na sequência, escutou o som de um disparo semelhante a de arma de fogo.
Rapidamente, ele se levantou e tentou ver pela janela o que teria acontecido, mas como não conseguiu, caminhou pelo pasto até uma distância onde avistou seu filho caído no chão sem se mexer ao lado da motocicleta. Por receio de se aproximar, foi até a residência do vizinho pedir ajuda e, quando estava conversando com o mesmo, escutou o barulho de alguém tentando dar partida (tranco) em uma motocicleta, próximo à porteira onde seu filho estava caído.
Instantes depois, o pai da vítima explicou que no momento em que estava falando o vizinho, ouviu o som de um veículo semelhante a de uma caminhonete, porém não viram qual era o veículo, tampouco quem o conduzia. Ambos então foram até a porteira para verificar o que havia acontecido. Ao chegarem ao local, se depararam com o corpo de Juliano Oliveira Pedroso caído no chão, com uma perfuração no corpo, já sem vida.
Também avistaram a moto da vítima próximo ao corpo e a cerca de 200 metros de distância havia uma outra motocicleta. Rapidamente, o pai da vítima juntamente com o vizinho foram até o Quartel da Polícia Militar em Vale do Paraíso, onde informaram sobre o crime.
Diante da situação, os policiais acionaram a funerária Vida Nova, de Ouro Preto do Oeste e a Pericia Técnica em Ji-Paraná. Posteriormente, foram até o local onde ocorreu o homicídio, que fica distante 30 km da cidade de Vale do Paraíso. No momento em que eram realizados os serviços periciais, se aproximou um tio da vítima e disse que estava no sítio de um vizinho onde uma mulher lhe contou que o esposo dela, identificado como José D. de S., foi quem matou Juliano.
Ela detalhou que o fato ocorreu após uma desavença durante uma festa que aconteceu na residência em uma propriedade próxima. O tio da vítima acrescentou que a mulher disse ainda que o marido dela foi de motocicleta efetuar o disparo e que, após o tiro, fugiu com a caminhonete dela.
Distante cerca de 200 metros de onde ocorreu o homicídio, os policiais localizaram uma motocicleta marca Honda de cor vermelha, sem placa, que foi reconhecida por populares como sendo de José. Rapidamente, os militares foram até a residência do dono da motocicleta encontrada próximo ao local do crime e, ao chegarem, encontraram apenas a esposa do proprietário.
Ao ser questionada a esposa do suspeito disse que estava com seu marido e outros vizinhos em uma festa que aconteceu em um sítio, nas imediações. Em dado momento, seu marido começou a demonstrar ciúmes dela com Juliano. Ambos acabaram discutindo e, minutos depois, resolveram ir embora.
Acrescentou que já na estrada a caminho de casa, José, bastante nervoso e agressivo, mandou que ela fosse à festa chamar o Juliano. E que, de acordo com ela, o mesmo alegou que estava no meio da estrada e poderia acertar as contas com ele (Juliano). Durante seu relato, falou que José se apossou de um pedaço de madeira e começou a agredi-la, causando lesões em seu rosto e braço.
Ainda conforme consta na ocorrência policial, ao chegarem em casa, o casal viu quando Juliano passou de motocicleta pela estrada. A eposa disse que nesse exato momento, José se apossou de uma espingarda e saiu em sua motocicleta atrás da vítima. Instantes depois, ouviu um barulho de tiro e, pouco tempo depois, seu esposo retornou correndo a pé e teria dito que tinha atirado em Juliano e que o mesmo havia morrido.
A esposa do suspeito, disse que logo em seguida, ele pegou uma mochila com várias peças de roupas e fugiu em uma caminhonete Silverado de cor prata. Os policiais removeram a motocicleta utilizada no crime até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) em Ouro Preto do Oeste, além do celular da vítima. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.