Policial acusado de matar jovem de 26 anos em bar ficará preso a mais de mil km do crime por segurança

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O policial militar Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, foi preso em flagrante pelo assassinato do jovem Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, em Colniza. — Foto: Reprodução

A Justiça de Mato Grosso autorizou, na terça-feira (25), a transferência do policial militar Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, preso em flagrante pelo assassinato de Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, para o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), em Cuiabá, para garantir a segurança dele.

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O caso ocorreu no último domingo (23), em Colniza, a 1.065 km da capital. Em depoimento, o suspeito alegou que a vítima era integrante de uma facção criminosa e, por isso, teria o matado. No entanto, a polícia não confirmou qualquer envolvimento por parte da vítima com organizações criminosas.

Conforme o documento assinado pelo juiz Guilherme Leite Roriz, a medida leva em conta à ausência de unidades prisionais adequadas em Colniza e Juína para a custódia de militares.

De acordo com a decisão, a transferência segue as diretrizes da portaria da Corregedoria da Polícia Militar, que determina a custódia de policiais presos em unidades militares, com exceção de casos específicos.

Ainda de acordo com o juiz, apesar do Bope não possuir uma estrutura ideal para reeducandos, o batalhão atende aos requisitos mínimos de “segurança e integridade” para o custodiado .

Entenda o caso

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o policial militar Elias Ribeiro da Silva chega em um bar no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, e atira contra segurança Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos.

Nas imagens é possível ver o momento exato em que o policial, que estava em uma mesa com a vítima e outras pessoas, se levanta, saca a arma e efetua um disparo à queima-roupa no peito de Claudemir. Após isso, a vítima tenta correr, mas cai logo em seguida. Outros clientes que também estavam no estabelecimento se levantam e saem correndo.

Conforme o boletim de ocorrência, após o homicídio, o suspeito deixou o estabelecimento em uma moto, mas foi preso. As testemunhas que presenciaram o ocorrido acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a vítima morreu ainda no local.

Uma funcionária do bar disse à polícia que Elias havia chegado ao estabelecimento com algumas mulheres e pagado cervejas a elas. Porém, depois de um tempo essas mulheres sentaram na mesa em que a Claudemir estava com o irmão.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Binoti Filho, a versão do suspeito é fantasiosa. Ele afirma que Elias atirou em Claudemir “simplesmente pelo fato de não ser correspondido pelas mulheres com quem esteve durante o dia”.

🛬A réplica

Irmãos gastaram R$ 10 mil com materiais — Foto: Colniza MT Notícia

Em 2019, dois irmãos construíram uma réplica da aeronave A – 29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) usando motor de Fusca, madeira, zinco e metalon.

Paulo Henrique Sá Ribeiro e Claudemir Sá Ribeiro gastaram cerca de R$ 10 mil com os materiais. Os dois afirmaram que nunca viajaram de avião.

Na época, Paulo Henrique contou ao g1 que ele e o irmão trabalham com serviços gerais nas fazendas da região onde moram e, desde criança, sonhavam em construir a própria aeronave.

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