Os policiais que participaram da ação que resultou na morte de Diego Kaliniski na madrugada de domingo (05), no município de Vera (460 km de Cuiabá) foram afastados das suas atividades profissionais. Como já havia mostrado o RepórterMT, o 3º Comando Regional da Polícia Militar abriu inquérito para apurar a conduta dos agentes naquela ocasião. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da PM, o Governo do Estado diz que não coaduna com “nenhum tipo de violência ou abuso de autoridade”.
Em manifestação nas redes sociais, o Comandante-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Alexandre Corrêa Mendes, atribui os acontecimentos registrados no fim de semana à “crise de autoridade”.
“Precisamos falar sobre a ação policial sim, mas para tal, um inquérito está em andamento. Mas precisamos falar também sobre a crise de autoridade que permite um jovem esmurrar um policial a fim de evitar ser conduzido”, declarou.
O caso ganhou repercussão imediata em todo o país depois que imagens da ação foram compartilhadas pelas mídias sociais. Nos vídeos é possível ver que Diego, com a ajuda do irmão, resiste à prisão e, em determinado momento, parte para cima de um agente e toma um cassetete das suas mãos. Em seguida, tiros são ouvidos e Diego cai no chão, já sem vida.
Conforme o boletim de ocorrência registrado a respeito do caso, Diego já tinha passagens criminais por desacato, desobediência, resistência, poluição sonora, lesão corporal e vias de fato. Na noite da sua morte, ele teria desacatado os policiais e, em determinado momento, tentou acertar a cabeça de um dos policiais.
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A ocorrência aponta que “dada a superioridade numérica e a agressividade dos suspeitos”, os policiais decidiram usar arma de fogo “moderadamente”. Por conta dos ânimos exaltados dos populares que presenciaram a cena, os policiais foram embora do local até a chegada de reforços.