Os policiais penais de Mato Grosso, que aprovaram estado de greve em assembleia geral nessa quarta-feira (8), reivindicam um aumento salarial de mais de 40%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen), Amaury Neves, o reajuste se trata de equiparação salarial com as demais forças de segurança.
“Temos o menor salário da Segurança Pública. O valor bruto é de R$ 3.150,00, mas com os descontos de imposto de renda e previdência, o salário cai para dois mil reais. É uma miséria perante a profissão que estamos trabalhando, correndo risco de vida tremendo, tanto dentro quanto fora da unidade”, explicou ao site.
Segundo o representante da categoria, atualmente Mato Grosso tem cerca de 2,6 mil policiais penais. Ele ainda apontou que 830 estão afastados por diversos motivos, dentre os quais licença de saúde, e que a categoria, constantemente, recebe novas atribuições, sem o devido reajuste salarial.
Amaury comentou que o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) chegou a entrar em contato por meio do WhatsApp e apresentou proposta de reajuste de 14%, acrescidos da Revisão Geral Anual (RGA).
Entretanto, não aceitou contrapropostas.
A categoria criticou a postura do gestor e afirmou que o reajuste oferecido é considerado esdrúxulo. Ao todo, seriam R$ 660 de aumento, o que não se equipara aos demais salários.
“Seria menos da metade do que estamos pleiteando. Ele falou isso por telefone, não deixou a gente apresentar contraproposta e a gente considera que não houve negociação. A gente nem quer mais falar com esse cara. Ele está atrasando tudo e agora a gente só quer falar com o governador ou com o secretário Mauro Carvalho”, afirmou.
Nesta quinta-feira (9), cerca de 100 policiais penais protestaram pela valorização salarial na sede do Governo Estadual. Segundo Amaury, haverá uma nova reunião no próximo domingo (12), para quando está marcado uma “radicalização” da categoria. Enquanto isso, eles tentam negociar com o Estado.
“A gente não quer chegar a esse momento. Por isso, estamos fazendo manifestos hoje e amanhã. Se formos atendidos, a manifestação nem vai existir, só que a gente precisa ter conversa com alguma autoridade. Precisamos que alguém nos receba, para que a gente consiga chegar em algum acordo e evitar a radicalização”, finalizou.
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Via Repórter MT
Por Camilla Zeni