Em nota, a corporação informou que os procedimentos policiais ainda estão sendo finalizados, mas todas as pessoas presas são suspeitas de participar dos atos terroristas deste domingo (8), na Praça dos Três Poderes.
As caravanas golpistas começaram a chegar na capital federal na manhã de sábado (7) e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se alojaram no acampamento em frente ao quartel do Exército.
No início da tarde, os manifestantes romperam o bloqueio feito na Esplanada dos Ministérios pela Polícia Militar do DF. Os terroristas invadiram e depredaram prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), usou as redes sociais para anunciar que 400 pessoas teriam sido presas. O número, contudo, não foi confirmado pela PCDF.
Intervenção federal
Quase três horas após os atos de terrorismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou intervenção federal no DF até 31 de janeiro. Ele estava em Araraquara, no interior de São Paulo, quando comunicou a decisão à imprensa.
No pronunciamento, Lula criticou a gestão de Bolsonaro, chamou os manifestantes de “fascistas” e ressaltou que os responsáveis pelos protestos golpistas e seus financiadores sejam punidos.
O governador do DF também foi cobrado pela demora na reação dos agentes de segurança contra os terroristas.
Pressionado, Rocha anunciou a exoneração do até então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, e gravou um vídeo com pedido de desculpas ao Lula e aos demais presidentes das instituições federais.
Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que foi informado na primeira versão desta reportagem, o decreto de Lula vale até 31 de janeiro, e não até 31 de dezembro. O texto foi atualizado.