O site Folha do Sul Online teve acesso, através de fontes policiais do site em Mato Grosso, a uma ocorrência registrada na tarde da última quarta-feira, 04, em Cuiabá, e que envolveu indiretamente um policial militar de Rondônia.
Tudo começou com a denúncia de que um membro do Comando Vermelho havia decretado, na capital mato-grossense, um “salve”, termo utilizado pelas facções criminosas que significa castigo, punição, sanção para “disciplinar” alguém que fez algo que viola as regras da organização.
O homem de 29 anos, que se apresentava como “Disciplina”, encarregado de aplicar as “correções” em alguns bairros cuiabanos, foi abordado quando chegava à casa da mãe. Quando os policiais militares o abordaram, encontraram 15 munições intactas de calibre .380 em poder dele.
Quando questionado sobre o material bélico, o suspeito informou que iria apenas guardar as cápsulas para um amigo na residência da mãe, mas se recusou a revelar quem era esse amigo”.
Disse também que a equipe poderia entrar em sua residência que não encontraria nada de ilícito. Contudo, durante a varredura, a PM encontrou mais 18 munições intactas de calibre .380 e uma pistola da marca Taurus. Com isso, ele confessou que já foi mesmo “disciplina”, mas que atualmente não seria mais.
Os policiais checaram a arma e constataram que não havia queixa de roubo ou furto, mas o armamento estava em nome de um policial militar de Rondônia. A reportagem descobriu que esse PM atua em uma cidade do Vale do Guaporé.
A equipe entrou em contato com esse militar rondoniense, que informou que vendeu a arma há anos e não soube informar o motivo de ainda estar em seu nome. Diante dos fatos, o suspeito foi encaminhado para a Central de Flagrantes juntamente com os materiais apreendidos. O suspeito faz uso de tornozeleira eletrônica.