Na manhã desta quinta-feira (1), a Polícia Civil de Rondônia deflagrou a Operação Xeque Mate para cumprir 35 mandados de prisões preventivas, 21 mandados de busca e apreensão, e 21 afastamento de sigilo telefônico e telemático.
Em Rondônia, a ação acontece nos municípios de Monte Negro, Ariquemes, Ouro Preto do Oeste, Jaru, Porto Velho, Guajará-Mirim e Costa Marques. Já no Estado do Mato Grosso, a operação acontece no município de Paranatinga e Sapezal.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que os integrantes de uma quadrilha conhecida como “Família Mato Grosso” atuam na região há mais de 10 anos. Embora diversos crimes praticados por integrantes da família tenham sido reprimidos, o grupo continuava atuando por intermédio de familiares que estavam solto.
Esta habilidade em perpetuar a atividade criminosa, mesmo com a segregação de vários membros da família, foi constatado indícios de que a estrutura familiar, abarcava uma organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de obter vantagens de qualquer natureza. Por mais que membros fossem presos, as atividades ilícitas não cessavam.
A Polícia descobriu ainda, que a família, inicialmente, enveredou a criminalidade realizando cobranças mediante ameaças e extorsões, contratados por empresários locais. Com o passar do tempo, a família ficou conhecida no mundo do crime e passou a ser temida.
Para sedimentar o medo e impor temor, a organização criminosa praticou diversos homicídios contra todos que os desafiassem ou desrespeitassem, em defesa ao nome da família.
Durante os trabalhos investigativos, os policiais descobriram todos os crimes praticados pela organização criminosa como homicídio, extorsão, tráfico de drogas e associação, furtos e roubos mediante uso de armas e ameaça.
Pelo menos 30 homicídios foram identificados como relacionados aos integrantes da “família Mato Grosso”, mas esse número pode chegar a 100 homicídios, segundo apurou a Polícia Civil de Rondônia.
Com o passar dos anos, segundo as investigações, os integrantes da organização criminosa inseriram-se na sociedade da cidade de Monte Negro.
A principal receita da organização criminosa decorre das atividades ilícitas, com a coerção de comerciantes, que pagavam por receio de sofrerem mal injustos e graves.
Mais de 100 policiais civis estão nas ruas cumprindo as cautelares expedidas pela justiça.
Via Comando 190