O pistoleiro Igor Espinosa confessou para a própria mãe que tinha assassinado o empresário Toni Flor, em agosto de 2020, em Cuiabá. A informação foi revelada pela própria genitora do assassino, durante o segundo dia de audiências sobre o crime, na tarde desta terça-feira (22).
A audiência que julga o homicídio teve início às 14h e foi presidida pelo juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miraglia Fernandes, e conta com a participação do promotor de Justiça Samuel Frungilo.
Toni foi morto com cerca de cinco tiros no dia 11 de agosto de 2020, na frente de uma academia no bairro Santa Marta. A esposa dele, Ana Cláudia Flor, é apontada como mandante e teria encomendado a morte do marido pela quantia de R$ 60 mil.
Durante a oitiva, a mãe do assassino foi questionada sobre quando tomou conhecimento do envolvimento do filho na morte do empresário. Para o promotor Frungilo, ela contou que Igor estava apresentando um comportamento depressivo, apreensivo e que chorava bastante tempo depois do acontecido.
Pouco antes de ser preso, ele confessou para a mãe que tinha cometido um assassinato. “Ele me disse que tinha matado uma pessoa e que estava arrependido”, afirmou.
Durante sua fala, ela ainda contou que presenciou um momento em que o filho recebeu uma ligação telefônica, onde disse que se fosse preso iria levar os comparsas com ele. “Ele recebeu uma ligação e eu o ouvi dizendo que se fosse preso, levaria os outros com ele”.
Na sessão desta terça, além da mãe do atirador, o magistrado ouviu os depoimentos do delegado da Polícia Civil, Marcel Oliveira, responsável pelas investigações, da mãe e irmã do empresário, um amigo da vítima e a namorada de Igor.
Ficou agendado para quarta-feira (23), terceiro dia de audiências, as oitivas das testemunhas de defesa dos réus.
Relembre o caso
Conforme a Polícia Civil, Toni e Ana Cláudia estavam casados há 15 anos, mas já não estavam se entendendo em razão de traições de Ana Cláudia. Pouco antes de ser morto, Toni teria dito a esposa que queria a separação, no entanto, Ana planejou o crime para ficar com todos os bens do empresário.
Com a ajuda da “melhor amiga”, a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva, a acusada conseguiu o telefone de Wellington Honorio Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota Da Silva, “terceirizou” o serviço homicida praticado por Igor.
Todos os envolvidos foram convencidos de que receberiam a quantia de R$ 20 mil cada, para a execução de Toni. No dia do crime, Igor recebeu sua parte.
Toni foi morto com cinco tiros na porta de uma academia na Capital. Na época, ele chegou a ser socorrido, mas morreu dias depois.
Quase um ano após o crime o delegado Marcel de Oliveira, da DHPP, deflagrou a primeira fase da operação Capciosa onde prendeu o atirador.
Por meio do depoimento dele foi possível chegar aos demais envolvidos.
Via Repórter MT
Por DAFFINY DELGADO