A adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi morta com três facadas em Cajamar, na Grande São Paulo. Esse foi o resultado da perícia feita no corpo da jovem, encontrado com sinais de tortura uma semana depois de ela ter sido sequestrada ao sair do trabalho. O assassinato, segundo a Polícia Civil, não aconteceu no local em que ela foi encontrada, mas ainda não se sabe onde era o cativeiro. As informações são do Fantástico.
Para o diretor da Polícia Civil da Grande São Paulo, Luiz Carlos do Carmo, o crime não foi cometido por apenas uma pessoa, mas sim com a “participação e a coautoria de outros elementos”. Maicol Antonio Sales dos Santos, dono de um carro prata, visto na cena do crime, foi preso temporariamente no sábado (8/3) e teve a prisão mantida pela Justiça de São Paulo no domingo (9/3).
Segundo testemunhas, Maicol estaria próximo ao local em que o crime ocorreu, e houve movimentação suspeita na casa dele, na noite em que Vitória desapareceu. Uma contradição no depoimento também foi agravante para a prisão, já que ele disse que estava com a esposa no momento do crime, enquanto a mulher relatou que estava na residência da mãe naquela noite.
Além disso, a perícia encontrou um fio de cabelo no veículo de Maicol. Um exame de DNA vai apontar se era ou não da vítima. A polícia também solicitou a prisão temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, porém o pedido foi negado pela Justiça.
O ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius Moraes, também é considerado suspeito. De acordo com o depoimento, ele e Vitória não tinham contato há quatro meses, mas a investigação apontou que ela ligou para Gustavo para pedir carona enquanto estava no ônibus na noite do crime. Ele segue sendo investigado, segundo a polícia, porque a localização do celular apontou que ele estava perto da casa da adolescente no momento do crime, mesmo morando longe do local.
A polícia ainda não sabe a motivação e diz que isso será investigado em um “segundo momento”. Em depoimento, os três suspeitos negaram a participação no crime.
As defesas dos suspeitos não foram localizadas.
Família estava feliz com o novo emprego da adolescente
A família de Vitória disse que o emprego da adolescente era recente, e que todos estavam felizes com a conquista da caçula de seis irmãos. Segundo eles, Vitória era uma menina feliz e trabalhadora, que deixou o colégio para trabalhar, mas tinha o sonho de voltar a estudar.
— Não caiu a ficha. Para mim, ela está viva lá na casa do pai dela — disse a avó da vítima, Virginea Maria de Souza.
Relembre o caso
O corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado na quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo. A polícia informou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. Parentes da adolescente foram chamados até o local e identificaram a jovem a partir de tatuagens.
De acordo com apuração da TV Globo, a vítima foi encontrada por cães farejadores com o cabelo raspado, sinais de violência e sem roupas.
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, sumiu após sair do shopping onde trabalhava e pegar um ônibus para voltar para casa na Grande São Paulo.