Um pastor de 47 anos foi preso nessa sexta-feira (30), acusado de estuprar uma adolescente de 14 anos e também a mãe dela, em Água Boa (730 km de Cuiabá). Ele foi preso em uma casa aos fundos da igreja onde atuava como líder religioso.
De acordo com a Polícia Civil, o mandado de prisão foi decretado pelo juízo da Comarca de Cocalinho, com parecer favorável do Ministério Público.
O inquérito foi instaurado logo após a adolescente comunicar sobre o abuso sexual na delegacia de Cocalinho. Ouvida em escuta especializada, com acompanhamento psicossocial, a vítima relatou que foi abusada sexualmente pelo pastor em duas ocasiões, a última delas no dia 25 de dezembro, quando em estava na residência dele. O primeiro estupro ocorreu em outubro, na cidade de Cocalinho.
Conforme a investigação, a mãe e a adolescente passaram a morar em uma residência da igreja, fornecida pelo pastor e onde ele ficava aos finais de semana. A adolescente relatou que no mês de outubro deste ano, durante uma das noites em que o pastor dormia na residência, ele foi estuprada pelo religioso.
Dias depois, ele depois pediu ‘perdão’ a ela durante um culto, se dizendo arrependido pelo que havia feito.
Em dezembro, ele voltou a assediar sexualmente a vítima, constrangendo-a a praticar com ele atos libidinosos, desta vez em Água Boa.
A mãe da menor declarou durante depoimento que também foi vítima das investidas sexuais do pastor, que chegou a tocá-la e depois fez ligações com propostas sexuais.
“Com base nas declarações das vítimas ficou evidente a periculosidade do investigado que, valendo-se de sua posição hierárquica religiosa, e sobretudo, da vulnerabilidade da vítima, que além de menor, dependia da residência para moradia”, pontuou o delegado Matheus Augusto Soares.
Com base nos elementos coletados durante a investigação, o delegado representou à Justiça no dia 29 deste mês, pela prisão preventiva do pastor, que foi preso nesta sexta-feira. “Foi uma atuação conjunta dos órgãos de persecução penal para que fosse dada a devida resposta diante do crime cometido pelo investigado”, finalizou o delegado Matheus Augusto.