Aneuza Pinto Ponoceno e Francisco Lopes da Silva foram condenados a 58 anos, 7 meses e 20 dias de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e tortura contra a filha adotiva do casal, Maria Vitória Lopes dos Santos, de 2 anos e 7 meses, em Poconé (104 km de Cuiabá).
O casal foi condenado pelo júri popular, que ocorreu na tarde dessa quinta-feira (15), na cidade.
A criança morreu no dia 8 de novembro de 2021, após ser submetida a humilhações, agressões constantes, privação de alimentação e estupro. Aneuza Pinto Ponoceno e Francisco Lopes da Silva estão presos desde então.
Na época, o Repórter MT obteve com exclusividade o depoimento de Aneuza, que confirmou os abusos e agressões. A mulher revelou, com riqueza de detalhes, que a criança era estuprada pelo menos duas vezes na semana, onde ela chorava de dor e gritava: “Não, não, dói, dói”.
Ela ainda admitiu que teria observado que o ânus da criança estava bastante machucado e alargado. Além disso, após os estupros, era encontrado sangue na frauda da menina.
Aneuza também falou que a criança era agredida com corda de curral e era proibida de comer. A menina era submetida a ‘desfilar’ nua e rebolar para “satisfazer a lascívia repugnante de Francisco”, tio de sangue da criança, e conseguir se alimentar.