Padrasto confessa assassinato brutal de Larissa Manuela, 10 anos: “Ela estava acordada e morreu com a primeira facada”

6 minutos de leitura
@Reprodução/Redes Sociais

O caso da morte brutal da menina Larissa Manuela Santos de Lucena, de apenas 10 anos, teve um novo desdobramento com a confissão do padrasto, Diego Antonio Sanches Magalhães, apontado pela Polícia Civil como autor do crime ocorrido no dia 12 de junho, em Barueri, na Grande São Paulo.

Na confissão obtida com exclusividade pelo portal Metrópoles, Diego revelou detalhes do crime e afirmou que Larissa estava acordada quando foi atacada, desmentindo a primeira hipótese investigativa de que a vítima teria sido morta enquanto dormia.

“Acredito que ela morreu com a primeira facada, porque não reagiu nem gritou”, declarou o acusado.

Segundo a Polícia, a criança foi encontrada morta ao lado da cama, com 16 perfurações no pescoço e no tórax, vestida e coberta por um edredom.

Motivo do crime e dinâmica dos fatos

De acordo com o depoimento prestado à polícia, Diego disse que retornava da casa de um tio no litoral paulista quando foi até a residência onde sabia que Larissa estaria sozinha. Ele afirmou que encontrou a criança acordada, deitada na parte de baixo de uma beliche, e iniciou uma conversa sobre a mãe da menina, Adenuzia Silva Santos, sua companheira.

Durante a conversa, ele perguntou se a mãe havia saído com outra pessoa enquanto ele estava fora. Larissa teria respondido que sim e, segundo Diego, o chamou de “corno”. A partir disso, o homem relatou que “perdeu a cabeça”, jogou a menina no chão e foi até a cozinha buscar uma faca guardada no alto de um armário.

Em seguida, retornou ao quarto e desferiu diversos golpes na criança. Diego afirma acreditar que Larissa morreu com o primeiro golpe e diz não se lembrar do motivo de ter continuado com os ataques.

Histórico de instabilidade emocional

Durante o interrogatório, o homem afirmou que tinha um histórico de insegurança por causa de um relacionamento anterior, em que teria sido traído, o que o levou a uma tentativa de suicídio. Ele contou que chegou a buscar ajuda com familiares e em igrejas. Diego conheceu Adenuzia em um sítio e disse que ela sempre soube desse trauma.

O acusado relatou também que, pouco antes do crime, recebeu uma bronca da companheira, que o acusava de estar sem perspectiva e sem trabalhar. Essa cobrança o teria deixado abalado. Sem avisar ninguém, ele foi para a casa de um tio em São Sebastião e, ao retornar, decidiu ir até a residência da companheira, onde cometeu o crime.

Tentativa de ocultar o crime

Após matar Larissa, Diego deixou a casa e só voltou ao local para buscar o celular que havia esquecido. Ele foi filmado mexendo em uma lixeira, mas afirmou que jogou a faca do crime em outra lixeira próxima.

Mesmo após o assassinato, o homem foi trabalhar normalmente em uma loja de móveis, trocando de roupa duas vezes ao longo do dia. Segundo ele, usava duas camadas de roupas e descartou o tênis utilizado no crime, mas manteve os cadarços, que hoje estão amarrando uma antena.

Larissa foi encontrada morta pela mãe

A menina foi encontrada pela própria mãe no fim da tarde do dia 12 de junho, caída ao lado da cama, com múltiplas facadas no pescoço e no tórax. A residência fica no Jardim Tupã, em Barueri. Naquele dia, Larissa ficou sozinha, pois o irmão de 19 anos estava viajando e a mãe havia saído para o trabalho.

Segundo Adenuzia, a casa não possui tranca no portão e a porta da frente ficou apenas encostada, o que permitiu o acesso de Diego ao imóvel. A menina deveria ter ido à escola no período da tarde, mas não compareceu.

O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), e a Polícia Civil continua reunindo provas, incluindo imagens de câmeras de segurança e objetos recolhidos na casa, como chinelos e o celular do suspeito.

Justiça havia negado prisão anteriormente

Mesmo já sendo investigado, a Justiça de São Paulo negou um pedido de prisão preventiva contra Diego no dia 18 de junho. Ele já havia prestado depoimento três vezes e chegou a negar o crime, apresentando um álibi de que estaria trabalhando.

No entanto, com o avanço das investigações e novas provas reunidas, Diego confessou o assassinato de forma espontânea e agora responde por homicídio qualificado.

Pai da vítima pede justiça

Em entrevista à imprensa, o pai da menina, Cícero Regivan de Lucena, disse ter sido avisado do crime pela polícia e declarou que espera por justiça. Ele relatou que a filha nunca havia reclamado do comportamento do padrasto e lamentou profundamente a tragédia.

“Ela vinha para passar momentos comigo. Sempre foi alegre e nunca comentou nada sobre ele”, disse o pai emocionado.

Receba notícias do Planeta Folha no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo!
Basta acessar o nosso Grupo de Notícias ou o Canal de Notícias.

Compartilhe este artigo
Nenhum comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *