Pessoas supostamente ligadas a uma organização criminosa conhecida como “Dia do Fogo” são alvos da Operação Jomeri deflagrada no município de Colniza (a 1.042 km de distância de Cuiabá), na manhã deste sábado (13). Foram expedidos, pela Justiça, mandados de busca e apreensão contra empresas e integrantes suspeitos de participação no grupo que já desmatou cerca de 50 mil hectares de forma ilegal.
De acordo com o Ministério Público, a operação é um desdobramento da ação de fiscalização no dia 05 de agosto, em propriedades rurais que ocupam uma área de aproximadamente 300 mil hectares. Após a apuração, o MP instaurou dezenas de procedimentos de natureza civel, buscando a reparação socioambiental pela degradação ao meio ambiente. O valor total das indenizações é de R$ 421.731.922,05.
Os envolvidos na ação poderão responder pelos crimes de associação criminosa, desmatamento e queima Ilegal, crime contra a administração ambiental, além de outras acusações. As investigações começaram no início de 2021. A iniciativa é desenvolvida de forma conjunta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco Ambiental) em conjunto com as forças de segurança de Mato Grosso.
De 8 a 12 de agosto, o Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental aplicou em quatro pontos da região multas de R$ 200 mil por quebra de embargo e de R$ 450 mil desmate ilegal, totalizando R$ 650 mil. Ao todo, foram fiscalizados oito alertas.
Segundo a Secretária de Estado de Meio Ambiente, já foram lavrados 18 autos de infração pela prática de desmate ilegal, que correspondem a 50% do desmate para o município de Colniza.
Em Mato Grosso, o uso do fogo está proibido desde o dia 1º de julho e a vedação segue até o dia 30 de outubro.
SIGNIFICADO
A denominação da operação faz referência ao nome do antigo psicólogo que estudou sobre o problema da piromania (caracterizada por atear fogo de forma intencional e compulsivamente) e deu origem a todos os recentes estudos e tratamentos sobre citada síndrome