A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou 21 réus denunciados por participação num esquema de corrupção dentro da Polícia Civil. Eles foram condenados pelos crimes de organização criminosa, concussão, roubo, tráfico, porte ilegal de arma de fogo e embaraço à investigação.
A sentença foi dada na última sexta-feira (03). Entre os condenados, estão oito policiais civis, que também foram demitidos. São eles: Alan Cantuário Rodrigues, Júlio César de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, André Luis Haack Kley, Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynksi e Dhiego de Matos Ribas.
A magistrada condenou ao regime fechado os réus: Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Júlio César de Proença, Paulo da Silva Brito, Rogério da Costa Ribeiro, Dhiego de Matos Ribas, Evanir Silva Costa, Hairton Borges Junior, Daniel de Paula Melo, Ananias Santana da Silva, Raimundo Gonçalves Queiroz, Domingos Savio Alberto de Sant´Ana, Natalia Regina Assis da Silva, Manoel José de Campos, Kelle de Arruda Santos e Genivaldo de Souza Machado. Já ao semiaberto as condenações atingem Frederico Eduardo de Oliveira Gruszczynski e Jovanildo Augusto da Silva.
Já no regime aberto, os condenados são André Luis Haack Kley, Delisflásio Cardoso Bezerra da Silva e Sandro Victor Teixeira Silva. Apesar da condenação, todos réus poderão recorrer em liberdade.
Operação Renegados
A Operação Renegados foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em maio de 2021. Na ocasião, foram cumpridos 44 mandados, sendo que destes, 22 foram de prisão preventiva.
A operação é resultado de um Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado no Gaeco e inquéritos instaurados pela Corregedoria-Geral da Policial Civil.
Segundo o Gaeco, a organização criminosa era comandada por policial da ativa, que utilizava técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, além da facilidade de ser chefe de operação de uma delegacia de Cuiabá, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.