Um oficial da Aeronáutica morreu na madrugada desta segunda-feira (7) a caminho do Aeroporto Internacional de Viracopos , em Campinas (SP). Ele estava em um veículo que foi alvejado por vários disparos de arma de fogo quando transitava pela Rodovia Miguel Melhado de Campos. O caso está sendo investigado como latrocínio.
De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro modelo executivo se feriu de raspão no rosto e ainda conseguiu dirigir até a base da PM no aeroporto para pedir ajuda. Já o militar, Ricardo Mendes de Sena, de 48 anos, que também era músico, não resistiu aos ferimentos; ele foi baleado na nuca.
“Ele foi contratado ontem pelo passageiro na parte da tarde para estar indo buscar ele 2h30 em Louveira para vir para Viracopos. Os PMs me acordaram hoje 5h dizendo que ele tinha sofrido esse assalto, mas que meu esposo estava bem, pegou um tiro no rosto. Mas que o passageiro veio a óbito”, disse a Liliane Cristine Machado, esposa do motorista executivo, que passa bem.
“Acredito que Deus guardou ele, que ele nasceu de novo. Foi um presente de aniversário, que essa semana ele completa 46 anos. É uma mistura de sentimentos. De agradecimento a Deus, de tristeza pelo passageiro dele e pela família enlutada. Tenho que agradecer a Deus por meu esposo estar bem”, completou a mulher.
A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, apurou que o condutor do veículo foi contratado pelo oficial das Forças Armadas para sair de um hotel em Louveira (SP) rumo ao aeroporto, onde o militar embarcaria em um voo para Brasília (DF).
Por volta das 4h30, o veículo já se encontrava na rodovia onde o assalto aconteceu – a estrada é uma via de ligação entre Vinhedo (SP), que é vizinha a Louveira, e Campinas. Um outro carro se aproximou do veículo executivo e os disparos começaram. Foram ao menos seis tiros que atingiram o veículo das vítimas.
Os criminosos desceram do carro e levaram a maleta e o celular do oficial da Aeronáutica. Ninguém foi preso. Ainda não se sabe o que havia na mala do militar. A Polícia Civil direcionou o caso para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), e o registro será feito como latrocínio.
A perícia foi realizada no local e também no veículo, que foi levado para o pátio da Polícia Militar e depois liberado para a família do motorista.
O que diz a FAB?
Em nota, a Força Aérea Brasileira lamentou a morte do militar que integrava o efetivo da Base Aérea de Brasília (DF).
“A instituição expressa suas condolências e presta todo apoio à família do militar nesse momento de pesar. A FAB acompanha a elucidação dos fatos e colabora com as investigações do ocorrido”, diz o texto da assessoria.