Morta na última quinta-feira (14/4) na cidade de Timbó, em Santa Catarina, Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, faleceu após receber socos e chutes da própria mãe. Na última sexta (15/4), a mulher confessou ter cometido o crime, e afirmou que golpeou a menina por não aceitar que agora ela seria “sexualmente ativa”.
Segundo a Polícia Civil, mesmo com a confissão, as investigações continuam. “Ela disse que já foi garota de programa e não queria que as filhas tomassem o mesmo rumo por terem iniciado a vida sexual tão cedo”, disse o delegado responsável pelo caso, André Beckman.
Uma das possibilidades investigadas pela Polícia Civil de SC é de que a criança teria sido vítima de violência sexual. Conforme a nova versão relatada pela mãe, ela suspeitava de que Luna mantinha relações sexuais com um suposto namorado.
Dessa forma, a violência teria sido uma forma de castigar a menina por seu comportamento. Agora, a polícia busca checar a veracidade do depoimento, assim como apurar a possível contribuição do padrasto, que também é suspeito de participar do crime.
Nesse sábado (16/4), a mulher e o padrasto tiveram as prisões temporárias decretadas. Nenhum dos dois teve as identidades reveladas. Segundo a Polícia Militar, o homem tem 41 anos e possui passagens pela polícia por violência doméstica e posse de drogas.
A mãe da menina tem ainda outros dois filhos: uma menina de 6 anos, que foi entregue ao pai biológico, e um garoto de 9 meses, que está sob responsabilidade do Conselho Tutelar.
Outra versão
Em depoimento na última sexta (15/4), a mulher modificou sua versão da morte da filha, após ser confrontada com provas pela polícia.
“Tendo em vista as grandes inconsistências, ela resolveu a falar. A investigação ainda está na metade. Vamos continuar no sentido de confirmar ou não tudo que foi dito pela genitora e verificar a participação do padrasto”, afirmou Beckman.
Na primeira declaração, a mãe da menina afirmou que Luna havia caído de uma escada enquanto tentava alcançar um gato. Após o “acidente”, a criança teria continuado consciente e, somente horas depois, começado a passar mal, quando os bombeiros foram chamados.
Entretanto, o laudo médico apontou que ela tinha lesões no crânio, no pulmão, no rosto, nas pernas e nos braços, além de ferimentos vaginais. Uma perícia realizada na casa em que o crime aconteceu encontrou manchas de sangue no quarto da garota, em uma calça masculina e em um sofá.
Fonte: Metrópoles
Por Maria Regina Mouta